Adriana Oliveira, uma das nove mulheres que abriram o processo contra André, contou ao EXTRA que depois que o caso foi divulgado várias modelos entraram em contato com ela para prestar solidariedade e relatar casos parecidos.
— O André atuava muito com esse comportamento no Paraná, onde ele morava. Ele tem um histórico que eu não conhecia na época em que fui trabalhar com ele. Várias modelos comentaram nos meus posts e falaram que ele sempre se comportou dessa forma, de assediar em troca de uma carreira promissora. Uma amiga minha de Maringá também me contou que ele fez o mesmo tipo de proposta e que se eu precisasse de ajuda ela estava disposta a participar — disse.
Outras mensagens relatam o comportamento abusivo de André e dizem que as atitudes dele seriam “conhecidas por modelos de Maringá”, no Paraná.
Marcello Lombardi, um dos advogados responsáveis pelo processo, também recebeu mensagens de várias mulheres prestando solidariedade às modelos e contando sobre casos de assédio sexual envolvendo André Sanseverino.
— Já perdi as contas, foram mais de 30 mulheres contando que já aconteceu com elas com esse mesmo cara — contou.
O EXTRA entrou em contato com o escritório de advocacia responsável pela defesa de André, mas não conseguiu contato. A “Playboy” enviou uma nota de esclarecimento à imprensa em que comunica ter decidido pelo total afastamento de André Sanseverino, por prazo indeterminado, de quaisquer atividades relacionadas à publicação.
Entenda o caso
Conforme mostrou a reportagem do “Fantástico”, da Rede Globo, neste domingo, nove mulheres que atuaram como “coelhinhas” em uma festa da revista, em agosto do ano passado, estão movendo processo por assédio moral e sexual contra Sanseverino e outro dono da publicação no Brasil.
Depois da festa, elas relatam, um dos donos da publicação, André Sanseverino, passou a condicionar novos trabalhos ao envio de fotos com as modelos nuas e à resposta de perguntas íntimas, em meio a comentários obscenos e invasivos. Elas pedem R$ 900 mil de indenização por danos morais e pelos negócios que perderam ao negarem as investidas. Na ocasião, perderam trabalhos e namorados, desacreditadas porque teriam dado abertura para o contato agressivo e obsceno do fotógrafo.
O processo corre na 2ª Vara Cível de Curitiba, na Justiça do Paraná. Segundo o advogado, além da ação indenizatória de danos morais e de lucros cessantes, a defesa pediu que o Ministério Público fosse oficiado para se manisfestar criminalmente.