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Teotônio e Junqueiro recusam proposta de indenizações às vítimas de acidente com ônibus de estudantes

Municípios alegando dificuldades orçamentárias

A Defensoria Pública do Estado (DPE) se reuniu com representantes das prefeituras dos Municípios de Teotônio Vilela e Junqueiro na manhã desta quarta-feira (03), para discutir a proposta feita pela DPE de assistência às vítimas e famílias dos envolvidos no acidente entre dois ônibus estudantis, ocorrido no início do mês passado, que resultou em sete mortes e dezenas de feridos.

A reunião, ocorrida na Defensoria Pública de Junqueiro, localizada no Fórum da Comarca, contou com a presença dos defensores públicos Carlos Eduardo de Paula Monteiro e Patrícia Regina Fonseca e das procuradoras dos municípios de Teotônio Vilela, Flívia Oliveira, e Junqueiro, Roberta Vasconcelos de Albuquerque.

Durante o encontro, as procuradoras dos municípios afirmaram que as prefeituras continuam prestando toda assistência psicológica e médica às vítimas e aos familiares delas, seguindo os termos do plano de contingência adotado por ambas.

Os municípios reafirmaram ainda que o serviço de transporte estudantil universitário continuará a ser ofertado.

No tocante a proposta para as indenizações, ambos os municípios declararam não haver possibilidade de acordo no momento, tanto em relação aos sobreviventes, como aos familiares das vítimas fatais, pois não teriam condições orçamentárias para isso, como também não se dispuseram a apresentar contraproposta.

O Defensor Público do Núcleo de Tutelas Coletivas, Carlos Eduardo, se disse frustrado com o descaso dos gestores envolvidos em relação as indenizações, pois esperava uma maior sensibilidade com a situação das vítimas e de familiares que perderam entes queridos na tragédia.

A Defensoria Pública continuará acompanhando de perto a situação e agirá em defesa dos interesses das vítimas e seus parentes a fim de garantir seus direitos. “Faltou um pouco de bom senso dos gestores dos Municípios envolvidos com a presente causa. A solução administrativa, quanto às indenizações, evitaria a longa angústia que é esperar as demandas judiciais que virão em avalanche. Vamos aguardar as famílias e vítimas e envidaremos todos os esforços para que esse mal causado seja compensado, aguardando uma resposta rápida do Poder Judiciário para que possamos amenizar o sofrimento dos envolvidos na tragédia”, pontua o defensor público Carlos Eduardo de Paula Monteiro.