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Em noite de Guerrero, Fla vence a Católica e fica muito perto da vaga nas oitavas da Libertadores

Divulgação/Conmebol

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Para um time desacostumado a decidir como este Flamengo, a pressão de vencer em casa para se aproximar da classificação às oitavas da Libertadores foi enorme. Mas bastou jogá-la no peito de Guerrero, que o centroavante dominou e encaminhou a vaga rubro-negra. Com um gol do peruano e outros de seus fiéis escudeiros, Rodinei e Trauco, o Flamengo venceu a Universidad Católica por 3 a 1 no Maracanã e só não se garantiu na próxima etapa porque o Atlético-PR perdeu para o San Lorenzo, seu próximo adversário.

A vitória levou o Flamengo à liderança, com nove pontos, seguido pelo San Lorenzo, com sete. Basta um empate para o Rubro-negro se classificar. Em caso de derrota, torce para que o Atlético-PR não vença a Católica.

Mesmo faltando uma rodada pelo Grupo 4, o sentimento de obrigação se transformou em desorganização no Maracanã. E daí passou para a superação. Guerrero jogou praticamente sozinho no ataque, e os desfalques fizeram mais falta do que nunca. Sem Diego, Mancuello e Gabriel não foram sombra de possíveis armadores.

O Flamengo que tocava bola e envolvia se transformou em um time de chutões e cruzamentos a qualquer custo. A pressão inicial se deu em volume de jogo, não em chances claras e organização. A melhor oportunidade foi uma falta cobrada por Guerrero, que buscou a todo tempo a finalização. A entrada de Gabriel não deu o mesmo poder de fogo ao ataque. Na verdade, o time se desajeitou. Apesar disso, a Católica não conseguiu ameaçar o gol de Muralha no começo.

Até que uma pane defensiva mudou o panorama. A linha de impedimento errada deixou Fuenzalida na cara do gol, mas o jogador desperdiçou, sem marcação. Foi o primeiro momento de desacerto, que gerou outros perigos, interrompidos por nova tentativa de Guerrero. O peruano era o único a finalizar e voltou para buscar jogo. A trinca de volantes defendia, mas não chegava na frente. Dependente de jogadas laterais e cruzamentos aleatórios, o Flamengo não tocava bem a bola e era empurrado de qualquer jeito pela sua torcida. Afobado, errou mais e deixou espaços para a Católica começar a gostar do jogo.

As novidades no time titular, Gabriel e Mancuello, foram muito abaixo e não davam força ao meio-campo. Restava apenas Guerrero. Foram vários arremates, faltas sofridas e escoradas para quem vinha de trás tentar algo. Nada. A bola passou a ficar com a Católica, que propunha o jogo.

Faltou incomodar mais. E no segundo tempo, Zé Ricardo fez das suas. Lançou Rodinei para jogar de ponta direita. Depois de rebote em falta de Guerrero, o lateral colocou de perna esquerda no ângulo e aliviou a tensão. O 1 a 0 fez o Flamengo relaxar e voltar a jogar sem tanta pressão. Só que relaxou demais.

Aos 22 minutos, Santiago Silva se antecipou a Rafael Vaz e igualou de cabeça. Mas como menosprezar a fase de Guerrero? O peruano recebeu de costas, girou e recolocou o Flamengo na frente. Trauco deu números finais no Maracanã para iniciar a “festa na favela” da arquibancada.