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Operação integrada desarticula quadrilha que agia na Barra de Santo Antonio

Alagoas 24 Horas

Operação prende quadrilha que agia na Barra de Santo Antonio

Uma quadrilha que agia na Barra de Santo Antonio, no Litoral Norte de Alagoas, foi desarticulada em operação integrada entre polícias civil e militar no final do mês de abril. Os nomes dos suspeitos presos foram apresentados na tarde desta quarta-feira, 10, em coletiva à imprensa na Secretaria de Segurança Pública (SSP).

Keneth Gutemberg da Silva, 34 anos, conhecido como ‘Kenedi’; Caio César Moreira Barros, 22 anos; Josinaldo da Silva Barros, 23 anos, conhecido como ‘Chapolin’; Wellington dos Santos Barros, 25 anos, conhecido como ‘China’; Paulo Roberto Morais do Nascimento, 30 anos; e Eridevison Ronaldo dos Santos, 19 anos, foram presos no último dia 27 de abril, no município.

De acordo com o Major Paulo Eugênio, comandante da 3ª Companhia Independente de Paripueira, que deu apoio à operação, o grupo que agia na localidade da Ilha da Crôa, é responsável por uma série de homicídios cometidos na região e tráfico de drogas. Segundo ele, o número de crimes registrados na região caiu drasticamente após a prisão do bando que teria, inclusive, ameaçado membros da polícia civil.  A operação foi coordenada pelo delegado Tarcísio Vitorino.

Defesa

A defesa de Kenneth Gutemberg da Silva, Caio César Moreira Barros e de Josinaldo da Silva Barros noticia que os mesmos não integram qualquer quadrilha criminosa, jamais participaram de homicídios ou participaram de grupos de manipulação de drogas e tráfico.

Ocorre que em matéria divulgada em 10/05/2017 às 17h22, o canal e notícias “alagoas24horas” supostamente reproduzindo as palavras do Major Paulo Eugênio, comandante da 3ª Companhia Independente de Paripueira, sentenciando que os três cidadãos, que ora exercem seu direito de resposta, integrariam um grupo criminoso responsável por homicídios e tráfico de drogas. Seguiu ainda, o oficial militar (de acordo com o canal de notícias “alagoas24horas”), fazendo um indicativo sobre a criminalidade local, que, registre-se, somente possui apoio em sua visão pessoal. Senão vejamos.

“De acordo com o Major Paulo Eugênio, comandante da 3ª Companhia Independente de Paripueira, que deu apoio à operação, o grupo que agia na localidade da Ilha da Crôa, é

responsável por uma série de homicídios cometidos na região e tráfico de drogas. Segundo ele, o número de crimes registrados na região caiu drasticamente após a prisão do bando que teria, inclusive, ameaçado membros da polícia civil. A operação foi coordenada pelo delegado Tarcísio Vitorino.”

Por essa razão fazem necessários alguns esclarecimentos de maneira um tanto quanto sucinta tendo em vista o fim de não romper com o segredo de justiça ao qual o procedimento está submetido.

Os supostos suspeitos, antes de mais nada, são cidadãos pacatos, humildes, nunca responderam a crimes de qualquer natureza, nem possuem registro de “passagens” na esfera policial.

Nesse sentido, causou estranheza e surpresa à população da Barra de Santo Antônio a notícia de suas prisões. Em razão disso houve uma grande movimentação da sociedade local em busca de defender seus outorgados. Assim, fora confeccionado abaixo-assinado mencionando que os mesmos eram conhecidos dos moradores locais, são cidadãos de bem, pais de família e trabalhadores (dos quais dois são pescadores e um possui um pequeno comércio local).

Reafirma-se que os autos estão a tramitar na comarca de Paripueira em sede de segredo de justiça, observando os rigores que determina a lei em função de tal situação, se detém esse causídico em não entrar em maiores detalhes.

Todavia, pelo que é de conhecimento, não há nada, absolutamente nada que desabone a conduta/reputação dos três trabalhadores. Sequer há qualquer conversa de “ouvir dizer”.

O que se tem são meras suposições vagas. Note-se que não fora apontado um ato concreto de prática criminosa; noticiando, tão-somente, informações de índices que foram avaliados em um ínfimo prazo 15 dias.

É certo que existem crimes na dita região, no entanto, imputar-lhes a determinadas pessoas sem qualquer base fática é um ato um tanto quando imprudente.

Principalmente quando considerada a ofensa moral que tal referência pode causar.

Evidente que a sociedade une-se à polícia e aos demais órgãos de segurança em busca de solucionar ou amenizar o problema da violência. Contudo, naturalmente não devemos NOMEAR CULPADOS AOS CRIMES EXISTENTES mas sim ENCONTRÁ-LOS. Quero dizer, faz-se necessária a identificação dos verdadeiros culpados, rejeitando assim a escolha de qualquer cidadão para assumir a culpa e construir assim um falso sentimento de segurança. Meras conjecturas certamente maculam a imagem de cidadãos de bem em seu meio social.

Repito, a informação da redução da criminalidade se deu apenas sob os argumentos e exposições da opinião do oficial militar representante do Estado. Por fim, é necessária uma investigação aprofundada a fim de elucidar o suposto Inquérito Policial e assim encontrar os verdadeiros responsáveis.