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FPI do São Francisco resgata cinco mil espécimes de camarão e mais de 100 pássaros silvestres

As primeiras ações da Fiscalização Preventiva Integrada da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (FPI do São Francisco) tiveram como foco a defesa da fauna. Na manhã desta segunda-feira (15), a força-tarefa resgatou cinco mil camarões e mais de 100 pássaros silvestres nos municípios de Penedo e Arapiraca, respectivamente.

Nas águas do “Velho Chico” que passam por Penedo, a FPI do São Francisco apreendeu 604 armadilhas aquáticas (covos ilegais), que serão destruídas. Oito embarcações também foram retiradas do Rio e encaminhadas para Maceió.

Sete pessoas foram presas em flagrante delito, enquanto uma conseguiu fugir. A operação soltou as espécimes de camarão no Rio São Francisco.

Já em Arapiraca, a FPI do São Francisco resgatou mais de 100 espécimes de pássaros na feira livre da cidade e em residências particulares.

“Entre as espécies resgatadas, encontram-se Galo-de-campina, Azulão, Extravagante e Caboclinho. Destaque para o Pintor-verdadeiro, conhecido como Sete-cores, que está ameaçado de extinção”, disse um técnico do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas.

A força-tarefa encaminhou quatro pessoas envolvidas com o comércio clandestino de aves para a Delegacia Regional de Polícia de Arapiraca. Foram lavrados quatro termos circunstanciados de ocorrência e cinco comunicados e ocorrência policial.

Animais resgatados

Na etapa anterior, em novembro de 2016, a FPI do São Francisco fez a soltura de 14 mil espécimes de camarão e peixe no Velho Chico. Além disso, foram vistoriadas 59 embarcações, provocando seis notificações, recolhidos 3.200 metros de rede de pescas irregulares e 3.284 covos – armadilhas de pescas – fora do padrão exigido pela legislação.

Na sexta edição, a força-tarefa também resgatou 2.040 animais silvestres de feiras livres e residências. Destes, dois mil eram aves, 36 répteis e quatro mamíferos, entre eles espécimes de Pintassilgos-do-nordeste e a Araponga-barbela, que estão ameaçados de extinção.

Do total, 1.292 foram reintroduzidos na natureza. O restante foi encaminhado para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), na sede do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), em Maceió, porque não estavam preparados para a reintrodução.