Para o deputado Rodrigo Cunha, a corrupção é um tipo de câncer agressivo que tomou conta do país.
A situação instável da política brasileira foram a tônica das sessões desta quinta-feira, 18, na Câmara de Vereadores de Maceió e na Assembleia Legislativa do Estado. Parlamentares comentaram as revelações divulgadas pelo jornal O Globo acerca do aval dado pelo presidente Michel Temer para que os donos da JBS comprassem o silêncio de presos na Lava Jato, como Eduardo Cunha.
O deputado Rodrigo Cunha (PSDB) comentou a atuação de órgãos como a Polícia Federal e Ministério Público Federal no curso das investigações e destacou que a Operação Lava Jato é o motivo da renovação da esperança do povo brasileiro. “A operação lava-jato, capitaneada pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal brasileira, renova nossa confiança, há muito tempo abalada, em instituições sérias que e verdadeiramente compromissadas com a promoção do interesse público”, disse.
O deputado comparou a corrupção com um câncer agressivo que se espalhou pelo país e que agora recebe esse tratamento que é a Lava Jato. “Por muito tempo, a política brasileira foi um paciente resignado, aceitou silenciosamente a condição como algo natural, não buscou tratamentos, deixando que de maneira silenciosa e sorrateira o mal se espalhasse, corroendo os mais diversos setores políticos, afastando a população da participação política, investindo na criação de uma grande massa de alienados políticos. Institucionalizou o “jeitinho brasileiro” como do malandro que, de maneira individualista, busca ganhos individuais em detrimento do coletivo”, criticou Cunha.
Na Câmara de Maceió, os edis também repercutiram o cenário nacional e houve até vereador acenando para possibilidade de deixar o PMDB. Silvânio Barbosa destacou sua tristeza em continuar no partido diante das denúncias. “Se pudéssemos migrar para outro partido é claro que migraríamos. Não vou me calar porque é do meu partido. Quem fez errado que pague”, disparou.
Outros vereadores, a exemplo de Francisco Sales, também deixaram claro sua insatisfação com a permanência de Temer na presidência. “É revoltante passar o que estamos passando. Temer vai cair, se não for sozinho, será retirado do poder pelo povo”.
Samir Malta também usou a tribuna para reforçar que Temer não tem condições de continuar na presidência e lamentou que fatos tão graves tenham ocorrido no momento em que o Brasil começava a ter a economia reaquecida.