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Presidente da Juve nega envolvimento com a máfia à Justiça

Membros da 'ndrangheta teriam se infiltrado na organizada

Divulgação

Andrea Agnelli

O presidente da Juventus, Andrea Agnelli, compareceu nesta quinta-feira (18) à Comissão Antimáfia do Parlamento italiano para prestar depoimento sobre o suposto envolvimento de dirigentes com a máfia ‘ndrangheta e negou ter relação com o grupo.

“Nunca tivemos conhecimento de ter que lidar com o crime organizado. Eu nunca conheci Rocco Dominello sozinho”, afirmou Agnelli. Durante seu depoimento, o presidente da Juve deixou claro que havia decidido “no início de cada ano se reunir com representantes da torcida’.

“Eu repito, se eu conheci Dominello pode ter sido parte de um encontro de fãs e não só eu, mas todos os meus funcionários então conheceram”, acrescentou Agnelli.

O caso investiga se a diretoria da Juventus tinha alguma ligação próxima ao grupo mafioso, após uma denúncia da mídia italiana informar que o líder de uma das torcidas organizadas da Juve, chamado Rocco Dominello, participava de uma ‘ndrine, uma vertente da máfia ‘ndrangheta. Na ocasião, o torcedor informou, em uma investigação judicial, que falou com o presidente Agnelli sobre a venda e gestão de ingressos do clube para os mafiosos.

Tanto a procuradoria de Turim como da Federação Italiana de Futebol (Figc) abriram investigações para verificar se há relação entre Agnelli e o grupo mafioso através da liderança dos ultràs (como são conhecidas as torcidas organizadas na Itália). No entanto, a Justiça considerou que não havia um crime que recaísse sobre o clube, mas ressaltou que o caso poderia ter “efeitos esportivos”.