O Vasco encontrou um grande problema antes mesmo de a bola rolar. O ônibus que levava os jogadores e toda a delegação ao estádio de São Januário quebrou na Linha Amarela, via expressa que liga a Barra da Tijuca à Zona Norte e complicou todo o planejamento para a partida.
Em cima da hora, os jogadores tiveram que ‘apelar’ para táxis para conseguir ir à partida. Eles chegaram em sete veículos, já a menos de uma hora do apito inicial.
O clássico não começou tão agitado. Mesmo assim, o Vasco abriu o placar logo aos 25 minutos de jogo.
Gilberto fez jogada pela direita e cruzou. Na primeira chance, Luis Fabiano não conseguiu alcançar. A bola, porém, sobrou para Yago Pikachu na esquerda, que colocou de novo na área. Desta vez, o centroavante não perdoou, subiu perfeita e deu uma testada fabulosa para balançar as redes, sem chances para o goleiro Diego Cavalieri.
O zagueiro Nogueira, que não conseguiu segurar Luis Fabiano no lance do gol, ainda teve a chance de se redimir ainda no primeiro tempo, também em cabeçada, mas parou na trave.
Virada na marca de cal
Se não conseguiu empatar na etapa inicial, o Flu buscou a virada antes dos 20 minutos do segundo tempo.
Primeiro, aos 12, uma bola cruzada na área vascaína acabou batendo na mão de Jean. O juiz marcou pênalti e Henrique Ceifador não desperdiçou. Com muita calma, rolou a bola em seu canto esquerdo, deslocando completamente o goleiro Martín Silva.
Cinco minutos depois, mais um pênalti. Esse sem muita discussão. Após rebote de Martín Silva, Richarlison foi mais esperto para ficar com o rebote e acabou chutado por Gilberto. Na cobrança, Ceifador repetiu a calma, trocou o lado e virou o placar.
Ele é artilheiro disparado do Brasileirão, com cinco gols em apenas três jogos. Foi também o 16º gol dele na temporada em apenas 24 partidas.
O banco salva
Do banco de reservas, veio a salvação do Vasco.
Milton Mendes mandou Manga Escobar a campo aos 23, no lugar de Kelvin. Seis minutos depois, o colombiano recebeu pela esquerda, cortou para o meio e teve o espaço que precisava para bater cruzado e vencer o goleiro Diego Cavalieri.
Depois, já no apagar das luzes, Nenê ainda garantiu a virada. O meia-atacante, que foi barrado e deixou o time titular na rodada passada, aproveitou uma sobra de bola de Manga, invadiu a área e bateu cruzado para balançar as redes.
Pichações e provocações
O dia foi de provocações da torcida do Vasco ao Fluminense. De manhã, o setor visitante de São Januário estava com os dizeres “Série C” pintados na rua. Também havia uma pichação de “Bem vindas”.
Depois, já durante a partida, um drone passou no céu carregando a letra C. O juiz chegou a interromper o clássico por alguns instantes até que ele passasse pelo estádio.
Tudo, claro, em referência ao fato de o time tricolor ter disputado a terceira divisão nacional em 1999.
Com a vitória, o Vasco vai a 6 pontos e iguala o próprio Fluminense e também o Grêmio na liderança provisória neste começo de Brasileirão.
Os dois times entram em campo de novo pelo Brasileirão só no próximo final de semana. No sábado, o Fluminense recebe o Vitória. No domingo, o Vasco visita o Grêmio.
Antes, porém, o Flu recebe o próprio Grêmio na quarta-feira pelo jogo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil e tem a dura missão de reverter uma larga desvantagem após perder por 3 a 1 na ida
VASCO 3 X 2 FLUMINENSE
Local: São Januário, no Rio de Janeiro (RJ)
Data: 27 de maio de 2017 (Sábado)
Horário: 16h(de Brasília)
Árbitro: Raphael Claus (Fifa-SP)
Assistentes: Alex Ang Ribeiro (SP) e Tatiane Sacilotti dos Santos Camargo (Fifa-SP)
Renda: R$ 700.560,00
Público: 19.082 pagantes
Cartões amarelos: Luís Fabiano e Jean (Vasco); Douglas e Marquinho (Fluminense)
GOLS
VASCO: Luís Fabiano, aos 26min do primeiro tempo; Manga Escobar, aos 29min segundo tempo
FLUMINENSE: Henrique Dourado, aos 11 e 18min do segundo tempo
VASCO: Martín Silva, Gilberto, Breno, Paulão e Henrique; Jean, Douglas, Yago Pikachu (Nenê), Mateus Vital (Muriqui) e Kelvin (Manga Escobar); Luis Fabiano. Técnico: Milton Mendes
FLUMINENSE: Diego Cavalieri, Lucas, Nogueira, Henrique e Léo; Jefferson Orejuela, Wendel, Douglas (Marcos Júnior), e Gustavo Scarpa (Marquinho); Richarlison (Maranhão) e Henrique Dourado. Técnico: Abel Braga