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Chuvas danificam sistemas da Casal e afetam abastecimento no interior

As chuvas que caíram em Alagoas na última semana causaram diversos problemas aos sistemas de abastecimento de água da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), como inundações de unidades operacionais, rompimento de adutoras, danos e obstrução de equipamentos e impossibilidade de tratamento da água por excesso de turbidez.

As ocorrências foram registradas em 19 dos 77 municípios operados pela Companhia. Os casos mais complicados foram registrados na região Leste, com maior gravidade em Jacuípe, onde a estação de captação foi inundada e o acesso interrompido. Algumas alternativas de abastecimento, a exemplo de carros-pipas, também foram inviabilizadas, uma vez que a cheia do rio Jacuípe invadiu toda a cidade.

De acordo com o superintendente de Negócio do Interior, da Casal, Eduardo Henrique, a Companhia ainda não concluiu o levantamento dos prejuízos, tendo em vista que em algumas cidades, a exemplo de Jacuípe, não foi possível ter acesso aos equipamentos danificados.

Há situações em que, embora as chuvas tenham elevado os níveis dos mananciais, como ocorreu com a barragem Carangueja e a de Paulo Jacinto, a água ainda não pode ser captada e bombeada devido ao excesso de lama e outros materiais que impedem o tratamento e a distribuição.

“Todo o nosso corpo técnico-operacional está mobilizado para atender, com prioridade, os casos em que o abastecimento ficou comprometido em decorrência do excesso de chuva”, salientou o presidente da Casal, Clécio Falcão. Ele disse que a empresa não medirá esforços para recuperar, no menor espaço de tempo possível, os sistemas danificados, como ocorreu em Jacuípe. No município, os serviços de recuperação ainda não não foram iniciados porque a água do rio Jacuípe ainda não baixou o suficiente para que os técnicos tenham acesso ao local.

Cidades afetadas

As chuvas afetaram os sistemas que a Casal opera nos municípios de Jacuípe (captação inundada), Murici (impossibilidade de acesso às duas estações de tratamento de água – Cachoeira e Cansanção), Flexeiras (rompimento de adutora de água bruta), Novo Lino (obstrução da válvula da adutora de água bruta), Jundiá (dificuldade de tratamento da água devido à turbidez).

A mesma situação de Jundiá – dificuldade de tratamento da água – ocorre em Barra de São Miguel e Pilar; Joaquim Gomes (danos ao flutuante do sistema de captação), Rio Largo (rompimento da adutora de água bruta), Colônia Leopoldina (obstrução da adutora de água bruta), Capela (estação elevatória e equipamentos inundados, além de rompimento de adutora), Paulo Jacinto (perda da tomada de água, impossibilitando a captação), Quebrangulo (rompimento da adutora), Anadia (impossibilidade de tratamento da água), Igreja Nova (rompimento da adutora de água tratada).

Na parte alta de Arapiraca, o abastecimento está prejudicado porque a estação de tratamento da cidade não está operando de forma contínua, devido à turbidez da água do rio São Francisco, onde é feita a captação por meio do sistema coletivo novo do Agreste. Esta situação também afeta o abastecimento de Craíbas e Igaci, que são atendidos pelo mesmo sistema. Em Maceió, quedas de barreira e de árvores danificaram instalações elétricas do Sistema Aviação.