O que têm em comum um adolescente infrator, um presidente da República e um clube de futebol de Alagoas, detentor do maior número do títulos estaduais? Aparentemente, nada. Mas no Brasil, todos podem ser alvos da mesma piada.
Desde o último dia 9, o Brasil tem discutido o episódio envolvendo o adolescente de 17 anos, que teve a testa tatuada como punição em São Bernardo do Campo (SP) por furtar a bicicleta de um ambulante. O menor, que é dependente químico, foi internado. Os acusados foram presos e irão responder pelo crime de tortura.
O caso ganhou as redes sociais, tribunal virtual muito em voga no Brasil atual, com defesas e acusações da agressão. Não bastasse o episódio em si, os desdobramentos do fato são um caso à parte, que carece da análise de sociólogos, psicólogos, analistas políticos e afins. A tortura, um dos mais infames gestos da humanidade, virou piada.
O primeiro alvo, óbvio, os políticos envolvidos nos principais escândalos que paralisaram o país nos últimos meses. Senadores, deputados, ex-presidentes e até o atual presidente Michel Temer (PMDB).
Mas não parou por aí, o site BigTestes está disponibilizando o seguinte teste: “O que está tatuado na sua testa”? Com base nas informações postadas no seu perfil no Facebook, a página apresenta o que deveria estar tatuado na sua testa. “A brincadeira” segue em alta nas redes sociais.
Em Maceió, um dos maiores clubes da capital, decidiu fazer uma “brincadeira” com o episódio. Em sua página oficial na rede social, o CSA usa a foto de um torcedor com uma mensagem “tatuada” na testa, afirmando que hoje vai ao jogo, em partida válida pela Série C do Campeonato Brasileiro, no Estádio Rei Pelé.
A reportagem do Alagoas 24 horas tenta contato para o clube se posicionar sobre o caso, mas ainda não obteve êxito.