De volta ao Brasil, o empresário Joesley Batista deu uma entrevista exclusiva à Revista Época, na edição que chega às bancas amanhã, dia 17, em que detalha como se tornou o maior comprador de políticos do país.
Além de ataques a Michel Temer, ele conta como funcionava a estreita relação do presidente com Eduardo Cunha e não poupa informações sobre esquemas de corrupção no PT e PSDB.
“O Temer é o chefe da Orcrim (organização criminosa) da Câmara. Temer, Eduardo, Geddel, Henrique, Padilha e Moreira. É o grupo deles. Quem não está preso está hoje no Planalto”, afirmou ele à Época.
Em um dos trechos da entrevista, Joesley diz que se tornou refém de dois presos, Eduardo Cunha e Lúcio Funaro, ambos presos no âmbito da Operação Lava Jato.
Entre valores generosos pagos como propina ou ajuda aos presos e outros políticos, ele ressalta a importância de Temer no cenário ilícito das relações que mantinha.
“A pessoa a qual o Eduardo se referia como seu superior hierárquico sempre foi o Temer. Sempre falando em nome do Temer. Tudo que o Eduardo conseguia resolver sozinho, ele resolvia. Quando ficava difícil, levava para o Temer. Essa era a hierarquia”, diz o empresário.