A 7ª Vara Criminal da Capital realizou na tarde desta segunda-feira, 19, audiência de instrução referente ao processo de homicídio que apura a morte de Joana de Oliveira Mendes, professora que foi encontrada morta em seu carro, em outubro do último ano. Ao todo, sete novas testemunhas foram ouvidas pela juíza Lorena Carla Sotto-Mayor, além do próprio réu, Arnóbio Melo.
As testemunhas, três arroladas pelo Ministério Público (MP) e quatro pela defesa, falaram sobre o relacionamento de Joana com o ex-marido, principal suspeito do crime, Arnóbio Henrique Cavalcante Melo e do histórico de comportamento violento e temperamento instável do acusado, que já havia sido denunciado por agressões e ameaças antes do trágico desfecho.
A irmã da vítima, Julia Mendes, afirmou acreditar que Arnóbio é o responsável pela morte de Joana. Ela relatou que desde o início o relacionamento dos dois era abusivo psicologicamente e fisicamente.
Sobre o dia do assassinato de Joana, uma funcionária que trabalhava na casa da família do acusado, disse em depoimento que , chegou no final da tarde, sangrando, e dizendo que tinha sido assaltado. Ela relatou ainda que encontrou a faca usada no crime na garagem, melada de sangue. A arma foi entregue a autoridade policial.
A defesa de Arnóbio Melo, conduzida pelo advogado Raimundo Palmeira, afirma que o cliente continua muito nervoso com a situação e não se lembra de detalhes do ocorrido.
Encerrada no final da tarde, a audiência será retomada no dia 4 de julho, quando o réu deverá ser ouvido. À pedido da defesa, que alega que seu estado de saúde é delicado, o interrogatório de Arnóbio Melo acontecerá por meio de videoconferência.
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