Fifa divulgou, nesta terça-feira (27), o relatório Garcia, nome dado ao texto que indica possíveis problemas e corrupções nas escolhas das sedes dos Mundiais de 2018 e 2022, que serão disputados na Rússia e no Catar, respectivamente.
O ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo Teixeira, foi citado diversas vezes durante o relatório e, mesmo tendo deixado a entidade por conta dos escândalos de corrupção, será investigado e terá processo contra si aberto.
Em 2010, a Seleção Brasileira disputou amistoso contra a Argentina no Catar. Nesta ocasião, os organizadores da candidatura asiática para sediar o Mundial de 2022 teriam concedido regalias, como uma acomodação em um hotel melhor do que o dos atletas, ao mandatário da CBF, que fazia parte do comitê que decidiria o local da Copa.
Além disso, Teixeira também foi agraciado com presentes dados pelos candidatos a sede. Além dele, outros nomes importantes da Fifa, com o ex-presidente Joseph Blatter, além de Michel Platini, que comandou a Uefa, também estão na lista dos presenteados, assim como outros importantes políticos do futebol mundial.
Outros brasileiros envolvidos em casos de corrupção nos bastidores do futebol, como José Maria Marin e Marco Polo del Nero, não foram citados neste estudo, que conta com mais de 350 páginas.
O relatório Garcia havia sido vazado pelo jornal alemão Bild , no que a entidade que rege o futebol mundial chamou de “vazamento ilegal”. Até por isso, a Fifa resolveu publicar o texto completo. Vários dos nomes citados, como Teixeira, Blatter e Platini, já estão implicados em outros processos de corrupção.