Depois do deslizamento de terra que resultou em óbito, em São Luiz do Quitunde, outra cidade do Litoral Norte sofre com o volume intenso de chuva que tem caído em Alagoas desde a última quinta-feira (29). Em Maragogi, cidade localizada a 131 quilômetros da capital alagoana, uma casa de taipa desabou e atingiu outras duas de alvenaria.
Casa de taipa que veio abaixo em Maragogi
Moradores da Litoral Norte de Alagoas entraram em contato com o Alagoas24horas e reclamam de pontos de alagamentos, falta de energia elétrica, quedas de árvores e outros transtornos causados pela chuva naquela região.
Paripueira
No município de Paripueira sete famílias estão desalojadas depois de um deslizamento de terra que avariou oito casas. Entre as famílias desalojadas, somente uma não tinha casa de parentes para onde ir e está desabrigada. Seis árvores caíram na região.
Casa de taipa que veio abaixo em Maragogi
Previsão do Tempo
O meteorologista da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), Henrique Mendonça, confirmou que as regiões da Zona da Mata, Litoral Norte, Baixo São Francisco e a capital alagoana devem registrar predominância de chuvas durante todo o sábado, dia 1º, domingo (02) e uma leve diminuição na segunda-feira (03). As chuvas de hoje também adentram as regiões do Agreste e do Sertão.
Mendonça explicou ainda que é normal chover neste período do ano e que o estado enfrentou uma longa seca de cinco anos. Fenômenos naturais também interferem nesse aumento do volume de água, ocasionando pancadas de chuva mais intensa.
Por enquanto a Semarh descarta risco de transbordamento dos rios em Alagoas. O caso do rio Jacuípe é o que mais preocupa, já que seu nível vem subindo lentamente, porém seu nível e fluxo ainda não ameaçam risco de transbordamento. O mesmo acontece com as bacias das demais regiões, com níveis e fluxos normais.
Leia Nota:
De acordo com o monitoramento que está sendo realizado pela Sala de Alerta, SEMARH/AL, Agencia Nacional de Águas (ANA), verifica-se chuvas significativas em todo Estado de Alagoas e em Pernambuco, elevando significativamente os níveis dos rios, neste momento observa-se maiores níveis em Quebrangulo (Rio Paraíba) e Canhotinho-PE (Rio Canhoto) afluente do rio Mundaú. Esses níveis devem aumentar gradualmente (Viçosa, Cajueiro, Capela e Atalaia para o Rio Paraíba e São José da Laje, União dos Palmares, Branquinha, Messias e Rio Largo para o Rio mundaú), porém a estimativa é que permaneçam dentro dos limites de suas calhas.
A maior preocupação da Semarh é com as encostas da capital e do interior. “O solo encharcado já não tem mais capacidade de absorver o imenso e contínuo volume de água. Com risco de desabamentos a qualquer momento”, explica Mendonça. Moradores desta região devem deixar suas casas para evitar acidentes com vítimas fatais.
Corpo de Bombeiros
O Corpo de Bombeiros também divulgou uma lista de ocorrências em que seus homens e mulheres foram acionados, no intervalo entre os dias 29 de junho e 1º de julho. Confira:
29/06 – Queda de árvore em Satuba
30/06 – Queda de árvore no Poço
30/06 – Deslizamento de barreira – São Luiz do Quitunde
30/06 – Queda de árvore – Rio Largo
01/07 – Resgate de pessoas devido a alagamento do residencial – Cidade Universitária, loteamento Novo Jardim.
Defesa Civil
A Defesa Civil informa há um plano de acionamento das situações em que ocorrer agravamento e o município não conseguindo controlar, o Estado entra, acionando as secretarias, CBM, PM ou exército, por exemplo. A sala de monitoramento funciona na SEMARH 24h e a cada hora é emitido boletim com a situação das chuvas e nível dos rios.
