Debaixo de chuva e em um duelo surpreendentemente disputado, Portugal venceu o México por 2 a 1 na Arena Otkrytie, em Moscou, e saiu com o terceiro lugar da Copa das Confederações. O confronto foi emocionante, com os lusos empatando nos acréscimos do tempo normal e garantindo a vitória na prorrogação.
Um dos maiores objetivos das seleções nesta partida foi o prêmio financeiro. O vencedor ganhou US$ 3 milhões (R$ 9,9 milhões), enquanto o quarto colocado levou para casa US$ 2,5 milhões (R$ 8,2 milhões). Para se ter uma ideia, o valor é bem inferior ao que os portugueses receberam na conquista da Eurocopa de 2016: € 23,5 milhões (R$ 88,7 milhões).
As equipes agora voltam suas atenções para suas respectivas eliminatórias, sonhando em voltar para a Rússia no ano que vem. A situação dos comandados de Osorio é mais tranquila, já que só precisam de uma vitória para se garantir no Mundial. Já o time de Fernando Santos precisa ultrapassar a Suíça, primeira colocada do grupo, na tabela para ficar com a vaga direta.
O JOGO
Portugal começou melhor a partida, com mais posse de bola e marcando adiantado. As duas equipes, porém, tiveram suas chances e foram para cima. Os lusos, claramente superiores tecnicamente, demonstraram isso em campo e criaram as melhores oportunidades, mas não conseguiram transformar isso em gols. Os goleiros foram os personagens da primeira etapa, fazendo belas defesas.
Aos 13 minutos, André Silva foi lançado na área, dominou e foi ao chão em disputa com Rafa Márquez. O árbitro ficou na dúvida, consultou o vídeo e assinalou a penalidade. O próprio jogador do Milan foi para a cobrança, mas parou nas mãos de Ochoa, que foi no cantinho para defender. Na sequência, Nani ainda chutou uma bola para fora sozinho.
Já na segunda etapa, os mexicanos contaram com sua maior estrela para sair na frente e começar os trabalhos. Aos oito minutos, Chicharito avançou pela esquerda, invadiu a área e cruzou rasteiro. A bola desviou no caminho e acabou batendo em Neto, que mandou contra o próprio patrimônio e marcou contra.
Sem Cristiano Ronaldo, Portugal continuou perdendo um caminhão de oportunidades, tanto pela falta de pontaria quanto pelos milagres operados por Ochoa. Outra grande dificuldade foi a penetração na área adversária, já que o México se fechou bem e não permitiu muitas investidas.
Mas, no finalzinho, ficou tudo igual. Aos 46 minutos, Quaresma acertou, enfim, um cruzamento e encontrou Pepe. O zagueiro apareceu como um centroavante na área, se antecipou à defesa e marcou, levando a partida para a prorrogação.
Já no tempo adicional, aos 12 minutos do primeiro tempo, os portugueses tiveram mais uma chance em um pênalti, já que Layun colocou a mão na bola dentro da área. Dessa vez, Adrien Silva foi para a cobrança e chutou sem chances para Ochoa, virando o embate.
Os últimos minutos do jogo foram tensos e quentes. Primeiro, os europeus perderam Semedo, expulso após levar o segundo cartão amarelo. Pouco depois, Jiménez, que havia entrado aos 40 do segundo tempo, acabou expulso do lado dos sul-americanos. Juan Carlos Osorio também precisou sair do campo depois de reclamar muito de um pênalti não marcado.
FICHA TÉCNICA
PORTUGAL 2X1 MÉXICO
DATA/HORA: 02/07/2017, às 9h (de Brasília)
LOCAL: Arena Otkrytie, Moscou (RUS)
ÁRBITRO: Fahad Al-Mirdasi (SAU)
GOLS: Neto (contra) (8’/2ºT), Pepe (46’/2ºT), Adrien Silva (13’/1ºTPR)
CARTÕES AMARELOS: Rafa Márquez, Moreno, Jiménez (MEX), Semedo (POR)
CARTÕES VERMELHOS: Semedo (POR), Jiménez (MEX)
PORTUGAL: Rui Patricio; Semedo, Pepe, Neto, Eliseu; Pizzi (William Carvalho – 1’/1ºTPR), Moutinho (Andrién Silva – 36’/2ºT), Danilo (André Gomes – 36’/2ºT), Gelson Martins; Nani (Quaresma – 24’/2ºT), Andre Silva.Técnico: Fernando Santos.
MÉXICO: Ochoa; Luis Reyes, Rafa Márquez (Fabián – 1’/2ºTPR), Moreno; Araujo, Guardado (Jonathan dos Santos – 35’/2ºT), Herrera, Layún; Vela, Chicharito (Raúl Jiménez – 40’/2ºT), Peralta (Lozano – 15’/2ºT). Técnico:Juan Carlos Osorio.