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Audiência de instrução do caso Joana Mendes deve terminar em outubro

Dicom/TJ

Audiência do caso Joana Mendes

Teve continuidade nesta terça-feira (04) a audiência de instrução do caso Joana Mendes, conduzida pela juíza Lorena Carla Sotto-Mayor, da 7ª Vara Criminal de Maceió. Na sessão, que aconteceu no Fórum da Capital, localizado no Barro Duro, foram ouvidas duas testemunhas, Sibelly Catão e André Alves dos Santos.

A juíza  não ouviu o réu Arnóbio Henrique Cavalcante, que iria depor por meio de videoconferência, porque um dos depoentes estava ausente. “Não conseguimos chegar ao fim. Uma testemunha não veio, mas a defesa alegou que a presença dela aqui é imprescindível, afirmando que o réu, que ficará preso até nova audiência, abre mão da liberdade até que ela seja ouvida”, explicou.

De acordo com a juíza a audiência deve ser transferida para a próxima data disponível, que segundo a magistrada só deve ocorrer em outubro deste ano.

“Uma testemunha que era fundamental para elucidação do caso não está presente, acreditamos ser importante que ela seja ouvida ainda durante a instrução. Estamos em busca da verdade real e não buscando o término imediato do processo”, disse o advogado de defesa, Raimundo Palmeira.

Já para a promotora Lídia Malta, essa etapa poderia ter sido finalizada sem prejuízos para o processo. “Deveríamos ter encerrado a instrução hoje com o depoimento do réu, pois na fase em que se encontra o processo o Ministério Público julga desnecessário a audição dessa testemunha”.

Testemunhas

Durante a audiência, Sibelly, que era amiga da vítima, relatou que o comportamento do réu, Arnóbio Henrique Cavalcante Melo, era abusivo. “Ela sofria muita pressão por ele não aceitar o fim do relacionamento. Certa vez íamos sair e ele não gostou, brigou com ela, nos xingou [as amigas] e quando enfim saímos ele ficou ligando incessantemente, até que ela retornou para casa no meio do passeio”, disse.

A segunda testemunha, André Alves, foi o primeiro policial a chegar na cena do crime e também esteve presente durante a prisão do réu. “Ele estava em um condomínio na Barra de São Miguel, nós fizemos um acordo com a mãe dele e ela o levou até nós”, disse o policial, afirmando que o réu parecia bastante transtornado no momento da detenção.