A polêmica Reforma Trabalhista foi aprovada no Senado Federal após uma tumultuada sessão que durou mais de seis horas nesta terça-feira, 11. Entre os 50 votos favoráveis está o do alagoano Benedito de Lira, que se manteve fiel ao governo Michel Temer onde seu partido, o Progressista, ocupa a pasta do Ministério da Saúde.
O Partido Progressista lidera o ranking de investigados na Operação Lava Jato, inclusive que tem entre eles o próprio Biu de Lira, como é conhecido, onde foi deletado pelo doleiro Alberto Youssef por ter recebido R$ 2,6 milhões para pagamento de despesas na campanha de 2010. Lira teve em fevereiro deste ano o bloqueio de R$ 10,4 milhões bloqueados pela justiça e em maio teve o recurso negado.
O Projeto de Lei que dispõe sobre a reforma trabalhista foi encaminhada ao Congresso Nacional este ano, tramitado na Câmara dos Deputados em sessão que durou cerca de 14 horas, foi aprovado e prosseguiu para o Senado Federal. Usando as redes sociais, o presidente do Câmara, Rodrigo Maia (PMDB), já disse que não aceitará qualquer mudança na proposta aprovada pelo Senado.
26 senadores votaram contra e apenas um deles se absteve. Entre os contrários ao projeto encaminhado pelo governo federal estão os alagoanos Renan Calheiros (PMDB) e Fernando Collor de Mello (PSC). Na tribuna, Calheiros iniciou seu discurso dizendo que “hoje é um dia muito triste para o Senado Federal”. Ele ainda destacou que a casa se submete a várias circunstâncias, está sendo patrocinada pelo Governo Federal: “se submete a fazer o desmonte do Estado social”.
Já Collor destacou que a Reforma Trabalhista terá apenas um efeito sobre a classe trabalhadora: “a volta do clima de intranquilidade”.