Vítima de racismo em 2014, goleiro da Ponte é chamado de “perigoso” por vice jurídico do Tricolor.
O goleiro Aranha, hoje na Ponte Preta, não poupou críticas à torcida do Grêmio após a derrota da Macaca por 3 a 1, pela 14ª rodada do Brasileirão. Em 2014, quando defendia o Santos, o jogador sofreu ofensas racistas de parte da torcida do Tricolor.
“Tenho que ser profissional e não posso responder tudo que escuto durante o jogo na Arena. Só vejo ódio”, disparou o goleiro em entrevista à Rádio Bandeirantes de Porto Alegre.
“Falta de respeito e educação é muito grande. O Grêmio é grande e não merece esse tipo de torcedor. Quando eu volto aqui na Arena, eu evito olhar para a arquibancada. Eu vejo os torcedores destilando ódio”.
Pouco antes da partida, o diretor jurídico do Grêmio, Nestor Hein, criou polêmica ao comentar sobre o goleiro da Ponte Preta em entrevista para a Rádio Bandeirantes de Porto Alegre. “O episódio com o Aranha precisa ser superado. Aranha é um homofóbico declarado. Teve problemas em São Paulo por isso. Ele é uma pessoa perigosa e difícil. Peço que o torcedor seja indiferente”.
De acordo com o dirigente, o goleiro nunca aceitou o pedido de desculpas do Grêmio pelo ocorrido. “Ficou uma mágoa, pois sempre fizemos tudo para combater o racismo. O Aranha nunca aceitou pedido de desculpas do Grêmio”.
Câmera
Para evitar mais problemas com Aranha, a diretoria do Grêmio colocou uma câmera focada no goleiro, filmando todo os movimentos do jogador da Ponte Preta durante a partida.
Cartazes de apoio
Apesar de toda a polêmica, torcedores do Grêmio levaram cartazes com pedidos de desculpas ao goleiro da Ponte.
Dentro de campo
No gramado, o Grêmio levou a melhor sobre a Ponte Preta e virou no segundo tempo por 3 a 1, com dois gols de Lucas Barrios. O Tricolor segue na cola do Corinthians, já a Macaca se aproximou da zona de rebaixamento.