A Defensoria Pública de Alagoas realizou inspeções durante toda a manhã deste sábado, 22, em hospitais e maternidade da capital, após incidentes envolvendo o desabamento de parte do teto no Hospital Universitário e do fechamento, nesta semana, de leitos da maternidade no Hospital do Açúcar em razão de suspensão das atividades.
O momento serviu também para acompanhar reabertura de leitos no H. Açúcar e garantir o remanejamento de pacientes do HU para o Hospital do Açúcar.
O representante do Núcleo de Direitos Coletivos da Defensoria, defensor público Fabrício Leão Souto, conduziu as inspeções nos locais e reuniu-se com as direções dos Hospitais e Secretaria Municipal de Saúde de Maceió.
“Decidimos vir diretamente aos hospitais para dimensionar a extensão dos problemas, especialmente no Hospital Universitário e no Hospital do Açúcar. A intenção é evitar a interrupção dos serviços de saúde e assegurar todas providências que sejam necessárias para manter atendimento a população. Por enquanto, evita-se mais essa sobrecarga para uma rede já deficitária de leitos, com reflexo nos demais hospitais do Estado”, destacou o defensor público.
O Hospital Universitário suspendeu os atendimentos para gestantes por medidas de segurança, ontem, em razão da interdição parcial do 6º andar do prédio após o desabamento de parte do teto de gesso no local. A Universidade Federal de Alagoas (Ufal), informou, por meio de nota na imprensa, que a equipe de engenharia da universidade foi acionada para vistoriar e recuperar a unidade, mas não há previsão para a conclusão das obras. A situação provocou superlotação na Maternidade Escola Santa Mônica, pois o Hospital do Açúcar também não estava recebendo gestantes.
“Após reunião com a direção, foi garantida hoje pela manhã a manutenção de funcionamento de 41 leitos no Hospital Universitário, triando os casos de alto risco, que é o perfil da instituição, e remanejados os demais casos de risco habitual. E no Hospital do Açúcar, que teve as atividades da maternidade suspensas nessa semana, acompanhamos durante a inspeção a reabertura de 28 leitos, estando 1 ocupado. Outros 03 foram reservados quando ainda estávamos lá, exatamente para recepcionar mães e bebês do Hospital Universitário onde estivemos mais cedo”, pontuou Fabrício Souto.
A situação segue sendo acompanhada pela Defensoria Pública, através do Núcleo de Direitos Coletivos e Humanos.