As deficientes auditivas filmadas sendo agredidas e estupradas por Lucian Ferreira prestaram depoimento na manhã desta quinta-feira (27), na Delegacia de Defesa da Mulher II, no Conjunto Salvador Lyra. Os parentes informaram à equipe de reportagem do Alagoas 24 horas, que o suspeito teria feito a filmagem como forma de represália por conta do não pagamento de uma dívida de R$ 200 cobrada por ele.
Muito abaladas, as mães das vítimas se abraçaram assim que se viram na delegacia e esclareceram o relacionamento de Lucian com as duas vítimas à imprensa. O rapaz, que trabalhou por algum tempo em uma loja de materiais de construção, seria ex-usuário de drogas, mas teria tido recaídas recentemente.
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“Assim, eu já havia sido informada de que ele era ex-usuário de drogas, mas como nós temos na família uma pessoa que foi regenerada por isso jamais imaginei que ele chegaria a fazer isso com a minha filha ”, disse a mãe da jovem que mantinha um relacionamento com o suspeito.
Sem querer se identificar, a genitora informa ainda que Lucian manteve um relacionamento de quase nove meses e que nesse tempo sempre foi amado por todas as famílias. Outra deficiente auditiva vivia junto com o casal por quase seis meses. Durante esse período, a mãe disse que ninguém suspeitou de qualquer caso de agressão ou qualquer outro tipo de violência.
Apesar disso, boatos de que Lucian teria voltado ao mundo das drogas chegaram aos ouvidos de familiares das jovens. Ele teria tido recaídas desde junho e passou a cobrar dinheiro tanto da namorada quanto da amiga devido a uma dívida de R$ 200 que somente uma das vítimas teria conseguido pagar. O não pagamento desse dinheiro teria deixado Lucian revoltado e, em ato de fúria, decidido punir as jovens e filmar o ato de violência compartilhados via WhatsApp.
“Ele não era um rapaz violento, mas também não era o que a mãe dele anda dizendo por aí na imprensa: que é ‘doente’, ‘doido’ e bipolar. Isso ele não era! Eu tenho conhecimento de que ele voltou a consumir drogas ainda em junho e as meninas disseram que ele cobrou dinheiro delas. Cerca de R$ 200”, informa a mãe.
A versão é ainda corroborada por outra genitora, Albertina Fidelis, mãe da amiga que convivia com o casal e que era considerada como irmãs, pela proximidade entre as duas famílias. “Ele [Lucian] vai ter que pagar pelo que fez à minha filha e vou pedir ainda que a mãe dele também seja processada por impedir que ele seja preso”, desabafa Albertina.
A equipe de reportagem do Alagoas 24 Horas recebeu informações extraoficiais de que o suspeito teria sido encaminhado inicialmente ao Hospital Psiquiátrico José Lopes, no Mutange. Familiares denunciam que a mãe do suspeito tentou despistar o trabalho da polícia ao dar várias versões de onde ele poderia estar e diminuir a culpa do envolvido ao afirmar que o mesmo é doente. Lucian Ferreira até o momento não foi indiciado por nenhum crime.