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Militar que agrediu estudante dentro de escola recebe punição disciplinar

Reprodução

Vídeo mostra momento em que militar agride aluno

O cabo Rivelino Alexandre de Oliveira, lotado no Batalhão Escolar, recebeu a primeira punição, no âmbito administrativo. O militar foi punido com oito dias prisão imposta pelo comandante da Polícia Militar de Alagoas, coronel Marcos Sampaio, medida que já está sendo cumprida, segundo informação repassada pelo comandante do Batalhão Escolar.

O militar foi flagrado, pelo sistema de monitoramento da Escola Estadual Campos Teixeira, localizado no bairro de Ponta da Terra, estapeando um aluno. A agressão ocorreu no dia 24 de maio e inicialmente foi tratada como uma agressão ao militar. Vídeos divulgados posteriormente pela União da Juventude Comunista e Partido Comunista Brasileiro em Alagoas traziam o militar agredindo o estudante ainda dentro da sala de aula.

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O episódio ganhou grande repercussão e também está sendo investigado pela Polícia Civil de Alagoas. Em contato com o 2º DP na manhã desta terça-feira (22), a reportagem do Alagoas 24 horas foi informada que todos os envolvidos foram ouvidos e que o inquérito está sendo concluído. Na prática, o militar também pode responder pela agressão na justiça comum.

Questionada pela reportagem, a assessoria da Polícia Militar de Alagoas se limitou a informar que “foi publicado ontem (21) em boletim geral ostensivo interno uma punição disciplinar administrativa conforme regulamento”. Segundo a punição, “o militar usou de violência desnecessária em ato de serviço” e cometeu transgressão disciplinar de intensidade grave.

Segundo os denunciantes, os militares entraram na escola sem o acompanhamento de nenhum integrante da direção da escola ou da Secretaria de Educação e teriam ameaçado e coagido alunos, até que a situação saiu de controle, com alguns estudantes reagindo e atirando carteiras escolares contra os militares. Eles afirmaram, ainda, que os alunos levados para a Central de Flagrantes teriam sofrido ameaças e constrangimentos e que o fato foi denunciado ao Ministério Público Estadual.