Evento é gratuito e conta com extensa programação com shows, palestras e oficinas para jovens e adultos.
Com o intuito de incentivar a leitura e promover a cultura em Alagoas, o bairro do Pontal da Barra vai sediar a 1ª Festa Literária (Flipontal), que terá inicio na próxima quarta-feira (30), com a abertura marcada para ocorre na Praça Caio Porto.
O Pontal é o último bairro ao sul de Maceió, localizado entre o mar e a Lagoa Mundaú, conhecido tradicionalmente pela cultura popular e as mais de 100 lojas de mulheres rendeiras, o lugar para sediar o evento literário não poderia ser melhor. “São 25 palestras com dois convidados, sendo 24 homens e 22 mulheres. Os temas abordam a sexualidade, racismo, drogas e muita, muita literatura”, garante Carlito Lima, presidente da Associação Cultural Lagoa do Sul.
O lançamento foi realizado na manhã de hoje (23) na Casa do Surf, localizada na Rua Doutor Ernandes Barros, no Pontal. Entre os escritores célebres que estarão presentes nos quatro dias de evento, a juíza Andréa Pachá, autora de “A Vida não é Justa”, que inspirou a minissérie “Segredos de Justiça”, apresentada no programa televisivo Fantástico, da Rede Globo e Maurício de Melo Júnior, jornalista, crítico literário e documentarista. Tanto as palestras quanto os shows, tudo é inteiramente gratuito e aberto ao público de várias idades.
“Haverá ainda oficinas de teatro e cordel para as crianças. A grande atração mesmo será o bairro do Pontal, porque esse bairro aqui é histórico e poucas pessoas conhecem”, diz Carlito Lima.
As festas literárias começaram há 15 anos inicialmente em Paraty, no Rio de Janeiro. De lá para cá, são quase 400 festas realizadas em todo o território brasileiro. A ampliação do evento deixa Carlito Lima empolgado, o curador do evento comemora a possibilidade de melhorar o baixíssimo índice de leitura registrado no Brasil.
“A ONU [Organização das Nações Unidas] tem um parâmetro de 12 a 15 livros lidos por pessoa ao ano. No Brasil esse número é muito baixo, chega a 1,5 por pessoa. Na Argentina, nossos vizinhos, também, mas em Marechal Deodoro, depois da realização da festa literária, fizemos uma pesquisa com alunos do 8º e 9º ano, e constatamos que eles passaram a ler 5 livros ao ano”, comemora.
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