Exposição traz 60 pôsteres, resultado de seis anos de viagens do fotógrafo por 40 países.
A Caixa Cultural Brasília apresenta, a partir da próxima quarta-feira (30), na Galeria Vitrine, a exposição Êxodos, do fotógrafo Sebastião Salgado. A mostra, que fica em cartaz até 29 de outubro, traz uma coleção de 60 pôsteres, resultado de seis anos de viagens por 40 países, retratando pessoas que abandonaram sua terra natal contra a própria vontade. A entrada é franca.
O trabalho de Sebastião Salgado tem um forte teor social, o que o faz ser considerado um dos maiores talentos da fotografia mundial. “Mais do que nunca, sinto que a raça humana é somente uma. Há diferenças de cores, línguas, culturas e oportunidades, mas os sentimentos e reações das pessoas são semelhantes”, afirma o fotógrafo.
Em Êxodos, o artista mostra a humanidade em trânsito, provocando no visitante uma reflexão sobre as questões políticas, sociais e econômicas dessas pessoas. A coleção que compõe essa exposição foi doada por Lélia Wanick e Sebastião Salgado ao Instituto Terra, Organização Não Governamental (ONG) ambientalista, que o casal fundou em 1998, em Aimorés (MG).
Dividida em cinco temas, as imagens retratam a fuga de migrantes, refugiados e pessoas deslocadas em diferentes pontos do planeta; a tragédia da África; o êxodo rural, o conflito de terras e a urbanização caótica na América Latina; e imagens das megalópoles asiáticas. Além disso, em cada uma dessas situações extremas, o fotógrafo traz o registro de crianças.
Sobre o artista
Sebastião Salgado nasceu em 1944, em Aimorés (MG). Formado em Economia, começou sua carreira de fotógrafo em Paris, em 1973. Trabalhou em agências como Sygma, Gamma e Magnum Photos até 1994, quando fundou a agência de fotografia Amazonas Images. Seus projetos fotográficos renderam inúmeras publicações na imprensa, livros e exposições apresentadas em museus no mundo inteiro.
O fotógrafo é embaixador da Boa Vontade da Unicef, membro honorário da Academy of Arts and Science (EUA) e Commandeur de l’Ordre des Arts et des Lettres, pelo Ministério da Cultura e da Comunicação da França. Além disso, em 2016, foi eleito membro da Académie des Beaux-Arts de l’Institut de France. Com informações do site da Caixa Cultural.