Depois da divulgação dos primeiros áudios revelando possíveis esquemas criminosos de ataques a ônibus, caixas eletrônicos e até morte de servidores do presídio do Agreste, o Alagoas24horas teve acesso a novos áudios onde possivelmente parentes de reeducandos expressam sua indignação pelo não afastamento do diretor da unidade citada, Rodrigo de Lima e Silva.
“Enquanto o Rodrigo não sair e o Estado não tomar uma posição sobre isso, toda segunda-feira nós iremos estar na pista, fechando. Vão ter que estar as mesmas cunhadas com bastante pneus, gasolina e água…daquele jeito. Se quiser guerra terá”, disse uma das mulheres.
De acordo com o que apurou este site, familiares de reeducandos do presídio do Agreste estariam indignados com as medidas de segurança adotadas pelo atual diretor para combater entrada de drogas e celulares na unidade. Ele teria separado os presos ligados à facção paulista e isto não agradou aos criminosos. Vale lembrar que a separação de presos perigosos e sua movimentação nos presídios de Alagoas são parte das medidas adotadas pela Secretaria de Ressocialização para evitar elaboração de ataques e rebeliões.
Na semana passada, um grupo de familiares realizou protesto na Avenida Juca Sampaio no bairro do Jacintinho, alegando que os detentos estariam sendo torturados dentro do presídio do Agreste. Os próprios familiares disseram que procuraram o juiz de Execuções Penais, José Braga Neto e ele teria dito que somente o governador Renan Filho poderia exonerar o diretor.
Em outro áudio, uma mulher sugere a morte de pessoas. “Só vai parar quando as mulheres começarem a matar os verdinhos pilantras, arrancar a cabeça deles e deixar em cada esquina”, disse em tom de ameaça.
A Secretaria de Ressocialização e Inserção Social (Seris) disse ao Alagoas24horas que se reuniu duas vezes com familiares dos presos, na semana passada e garante que a unidade do Agreste está funcionando perfeitamente, dentro das diretrizes da Lei de Execuções Penais.
Sobre os áudios que vazaram hoje para a imprensa, a assessoria de comunicação da Seris disse que também tomou conhecimento que “teriam sido gravados por supostos familiares de reeducandos que se encontram na referida unidade e acredita que a Segurança Pública precisa intensificar as medidas de segurança para manter a ordem e disciplina dentro e fora dos presídios. Agentes penitenciários, policiais civis e militares estão preparados para coibir qualquer ação criminosa”, diz a assessoria.