Categorias: Polícia

Polícia diz que morte de Sérgio Falcão foi encomendada por empresário alagoano

Dois militares foram indiciados pelo assassinato

Júlio Jacobina/DP/D.A Press

Júlio Jacobina/DP/D.A Press

A Polícia Civil de Pernambuco concluiu – pela quarta vez – o inquérito sobre a morte do empresário Sérgio Falcão,  aos 52 anos, encontrado morto em seu apartamento, no Edifício 14 Bis, na Avenida Boa Viagem, zona nobre de Recife, no dia 28 de agosto de 2012. O novo inquérito aponta mais uma vez para assassinato, cujo autor material seria o militar reformado Jailson Melo.

Apenas o laudo da perícia aponta para suicídio do empresário milionário, que enfrentava sérios problemas financeiros. Falcão atuava em Alagoas e Penambuco e deixou vários empreendimentos inacabados na capital alagoana. Segundo a polícia, a morte do empresário foi “encomendada” por um empresário alagoano e um parente de Sérgio, que não foram indiciados por falta de provas materiais.

Relembre o caso

Família do dono da Falcão não acredita em suicídio; veja vídeo
Laudo constata que empresário morreu com um tiro na boca
Dono da Construtora Falcão é assassinado dentro de apartamento em Recife
Ex-esposa de Sérgio Falcão presta depoimento oficial
Sérgio Falcão: IC reafirma tese de suicídio

O caso completa cinco anos nessa segunda-feira, dia 28, com um inquérito que acumula 1.575 páginas que contou até com a exumação do corpo cerca de um mês após o sepultamento. A atual delegada do caso, Vilaneida Aguiar, aponta Jailson Melo, ex-segurança de Falcão, como autor material do crime. E o irmão do militar, Jailton Melo, como cúmplice. Ambos foram indiciados no assassinato.

Na versão apresentada por Jailson Melo, no dia do crime ele teria chegado ao apartamento do empresário, seguido ele até o quarto, onde Falcão tomou a arma e atirou contra a própria boca. O militar teria então recolhido o revólver e deixado o local. O segurança demorou uma semana para entregar as roupas que vestia e a não localização de pólvora é a base da sua defesa. O militar teria fica cerca de nove minutos no prédio do empresário.

O laudo da perícia, que aponta para suicídio, também está envolto em polêmica. Dos três peritos, um se recusou a assinar o laudo por não concordar com as conclusões apresentadas. Com o novo inquérito, caberá ao promotor André Rabelo decidir se denunciará os policiais à justiça. Um novo laudo da perícia deve ser entregue à justiça. As informações são do Ronda JC.