De acordo com estudo do Instituto de Tecnologia de Illinois, em Chicago (EUA), comer mangas diariamente pode prevenir doenças no coração e diabetes, pois características da fruta seriam capazes de controlar os níveis de açúcar e colesterol no sangue. A pesquisa também mostrou os benefícios para o cérebro, para a pele e para a saúde do estômago. Para chegar às conclusões, os pesquisadores analisaram sete estudos diferentes referentes à manga e ao diabetes tipo dois conduzidos nas últimas duas décadas.
Foi possível observar que o consumo de fruta controla o nível de açúcar tanto em humanos quanto em animais que sofrem da doença. Testes em roedores também obtiveram resultados semelhantes no controle da condição. Diabetes tipo 2 pode causar cegueira e amputações, pois o corpo não consegue produzir insulina suficiente para eliminar a glucose do sangue. Os mesmos experimentos apontaram para uma redução de colesterol e triglicerídeos, os quais podem causar problemas no coração. “Manga contém uma variedade essencial de nutrientes e componentes bioativos que são uma parte importante no apoio das funções metabólicas do corpo”, explicou a líder do estudo Britt Burton-Freeman ao portal de notícias britânico Daily Mail.
Como visto no calendário verde de Pernambuco, a manga é a fruta mais exportada do Brasil, com quase 800 mil toneladas enviadas para outros países só em 2016, tendo uma grande saída de Pernambuco, principalmente do vale do São Francisco. A notícia, boa para produtores locais, no entanto, despertou críticas sobre a possível parcialidade da pesquisa, por ter sido encomendada pela organização National Mango Board, que lida com a importação de mangas nos Estados Unidos e, obviamente, teria a intenção de aumentar o consumo da fruta.
Além disso, os resultados da pesquisa não foram tão bem recebidos por Oliver Jelley, editor do site científico especializado na doença The Diabetes Times. “Nós já havíamos visto pesquisas anteriores que promovem os benefícios do consumo da manga, mas esse parece ser um trabalho muito pequeno. O estudo está ligado ao National Mango Board, então claro que eles têm segundas intenções. Nosso veredito é: tratem essas descobertas com cuidado”, declarou. Porém, não há nenhuma evidência de qualquer comprometimento dos pesquisadores e das universidades envolvidas durante o desenvolvimento da pesquisa.