Um guarda civil de Maceió, identificado como Alexandre Henrique Costa dos Santos, recebeu ordem de prisão na noite dessa segunda-feira (11), após se apresentar na Delegacia de Homicídios da Capital, junto com um advogado.
Ele é apontado como autor dos disparos que vitimou Vitor Hugo Pereira dos Santos, morto no último domingo (10) com um tiro na nunca em um ‘espetinho’ localizado no Complexo Benedito Bentes, parte alta da capital.
De acordo com o delegado Fábio Costa, coordenador da Delegacia de Homicídios da Capital, Alexandre Henrique foi preso por conta de um mandado de prisão em aberto por outro crime de homicídio ocorrido em 2008, expedido pelo juiz Geraldo Amorim, em 2016. Ele obteve o direito de recorrer à pena em liberdade, mas seu advogado teria perdido prazos recursais.
Apesar do mandado de prisão está em aberto há quase um ano, o guarda desempenhava normalmente suas atividades, sendo inclusive nomeado em maio deste ano para a Secretaria Municipal de Governo, na sede da Prefeitura de Maceió.
“Ele se achou muito esperto, como ele não poderia ser preso em flagrante pelo assassinato ocorrido no final de semana, pensou que iria se livrar e responder em liberdade, mas terminou sendo preso pelo homicídio praticado de 2008”, disse o delegado ao Alagoas 24 Horas.
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Na sentença de 2008, que pode ser acessada no site do Tribunal de Justiça de Alagoas, o guarda civil é apontado pelo Ministério Público do Estado como autor dos disparos que matou Ewerton Isaac da Silva. Ironicamente, o crime também ocorreu em um bar, localizado na Avenida Garça Torta, no Benedito do Bentes I. As razões, apresentadas pelo MPE, é similar ao ocorrido no domingo (10), em que várias pessoas presenciaram o crime. Alexandre Henrique chegou a ser condenado, mas recorreu da sentença.
Ainda segundo o delegado, testemunhas afirmam que o guarda matou Vitor Hugo por motivo torpe após uma discussão. “Em sua defesa, ele alegou que não conhece a vítima, mas teve uma discussão e que a vítima teria tentado agredi-lo”, narra o delegado.
Agora, o guarda deve permanecer preso. A arma utilizada no crime do último domingo foi uma pistola calibre 380, apreendida e entregue para ser periciada. “A pistola é registrada, mas ele, por exemplo, não possui o porte de arma o que é outro agravante”, explica o delegado.
Até o fechamento desta matéria, a assessoria de comunicação da Guarda Municipal de Maceió não tinha se pronunciado sobre o assunto.