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Casal é preso suspeito de espancar criança de um ano no Benedito Bentes

A mãe e o padrasto do bebê foram levados para a Central de Flagrantes.

Cortesia/PM

Casal foi preso para prestar esclarecimentos sobre espancamento

O Conselho Tutelar da 9ª Região, que atende ao bairro do Benedito Bentes, recebeu nesta quinta-feira, 14, uma denúncia grave de maus tratos de um bebê de 1 ano e 11 meses, cujos agressores seriam a mãe e o padrasto da criança. A denúncia foi feita pela avó materna, identificada como Quitéria, que ficou chocada com as marcas no corpo do menino.

De acordo com o conselheiro tutelar, que acompanha o caso, Udo Gustavo, depois que recebeu a denúncia, foi até a residência dos suspeitos com uma equipe do 5º Batalhão, mas nenhum deles se encontrava no momento. Posteriormente o bebê foi levado para a sede do órgão, onde ficou sob os cuidados da equipe. E a polícia conseguiu localizar e prender o casal suspeito.

“A criança estava toda marcada: no rosto, nos braços, nos pés, nas mãos, também há arranhões e marcas que estão em carne viva”, disse Udo, sem esconder a indignação. O caso foi encaminhado para a Central de Flagrantes, no bairro do Pinheiro e foi atendido pelo delegado plantonista, Marcos Lins.

Ainda segundo o conselheiro, o delegado encaminhou a criança para fazer exame de corpo de delito, no Instituto de Medicina Legal (IML) e depois ela será levada para avaliação na Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

Udo Gustavo disse também, que ao efetuar a denúncia, a avó da criança relatou que além do menor, a filha também era agredida pelo companheiro, e que ele mantinha mãe e filho em cárcere privado.

Apesar de não falar claramente, quando questionado sobre quem o teria machucado, o bebê diz que foi “Junior”, nome pelo qual o padrasto é conhecido.

Versão do Casal

Questionada sobre as marcas no corpo do filho, Daniela Mendes Rodrigues confessou que foi a responsável pelas marcas nas pernas, mas nega os outros machucados. “Na perna dele foi eu que dei uma lapada e ficou a marca, mas na cabeça dele ninguém bateu porque se eu visse não iria deixar. A não ser que alguém tenha feito sem eu ver, quando eu não estava em casa.

Sobre as marcas no rosto do menino, Daniela justifica que sofreu uma sequência de quedas. “Primeiro ele escorregou no banheiro. E aquele ferimento no olho foi na cadeira. Deixei ele com um conhecido na sala e fui lavar a louça. Quando ouvi o estrondo e fui ver, ele tinha caído. O olho ficou inchado apesar de ter colocado compressa. E no outro lado do rosto, ele caiu da cama com o cara no chão. Não deu tempo segurar”.

Já Messias Barros dos Santos, companheiro de Daniela, confirmou que ela às vezes batia no bebê quando ele se recusava a comer. Disse também que já tinha a alertado sobre deixar a criança com outras pessoas.

Ele disse que tem dois filhos biológicos de 4 e 2 anos, que nunca bateu nas crianças e negou veementemente que teria qualquer relação com as marcas no corpo do enteado.

Proteção

O conselheiro destaca que definiu como medida protetiva que o menino fique com a avó materna. Amanhã encaminhará ao Juizado da Infância e da Juventude um relatório e o pedido de definição de guarda, já que o pai biológico mora em Messias.

O Alagoas24Horas acompanhou o momento em que a avó materna da criança chego ao IML onde será realizado o exame de corpo de delito.