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Estudante assiste à aula pelado na UFG; professor trata caso como ‘brincadeira’

Segundo docente, aluno ficou só com chapéu e sandálias após questionamento sobre o que é arte; ele diz que colegas levaram situação com 'bom humor'. Universidade prefere não se pronunciar.

Reprodução

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Um estudante foi fotografado completamente nu enquanto assistia a uma aula de arte contemporânea na Faculdade de Artes Visuais (FAV) da Universidade Federal de Goiás (UFG). Na imagem, que viralizou nas redes sociais, o jovem usa apenas um chapéu estilo sombreiro e um par de sandálias. O professor Juliano Ribeiro Moraes, que ministrava a aula, minimizou a situação e tratou o caso como uma “brincadeira”.
O caso aconteceu na manhã de quarta-feira (13). O docente conta que tudo começou durante uma discussão sobre o artista pop Peter Thomas, que ficou conhecido por ser o autor da capa do álbum Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, dos Beatles.
“Ele questionou se aquilo era arte contemporânea e eu disse que sim. Ele então perguntou se tudo poderia ser arte. Respondi que dependia do artista. Então ele saiu e voltou pelado e questionou se aquilo era arte. Todo mundo riu na hora, levamos no bom humor. Foi uma brincadeira. Eu até perguntei se ele tinha sido assaltado e se levaram a roupa dele”, disse Juliano ao G1.
O professor pontuou ainda que o aluno ficou cerca de 20 minutos nu na sala, mas como nenhum dos outros colegas “deu moral” para ele, o jovem saiu e voltou já vestido com uma camiseta e uma saia, mesmas peças com as quais havia chegado para assistir a aula.
‘Naturalidade’
Juliano, que leciona UFG há sete anos, disse que nunca aconteceu algo parecido em suas aulas. No entanto, disse que os alunos e docentes do curso de artes visuais tratam a nudez com mais “naturalidade”.
“Ninguém ficou com vergonha ou teve sua moral ofendida. A gente fez piada. Ele tem o direito de protestar, de provocar. Convivemos com isso com tranquilidade. Temos aulas com modelos vivos para podermos desenhá-las. Isso existe há 500 anos”, pontua.
O aluno, sublinha, nunca apresentou qualquer tipo de problema em sala de aula. Inclusive, é visto como um estudante bastante participativo e que gosta de debater todos os assuntos.

O professor diz que a direção da UFG o questionou sobre a situação. Ele afirmou que explicou o caso e que “eles entenderam”.
Em nota enviada ao G1, a assessoria de imprensa da UFG disse que não vai se manifestar sobre o assunto.