O presidente americano, Donald Trump, criticou novamente nesta segunda-feira (25) o protesto organizado por alguns jogadores de futebol americano, que se ajoelharam durante a execução do hino nacional do país antes do jogo – em protesto contra a violência policial contra negros nos EUA.
“Se ajoelhar não tem nada a ver com a raça. É sobre respeito pelo nosso país, pela nossa bandeira e pelo nosso hino. A NFL deveria respeitar isso”, comentou Trump, em seu Twitter.
De acordo com o GloboEsporte, Baltimore Ravens e Jacksonville Jaguars foram os primeiros a se manisfestar nos gramados antes do jogo. A tensão ficou ainda maior quando no domingo (25), Trump disse que as franquias deveriam demitir os jogadores que protestassem, e chamou aqueles que manifestaram de “filhos da p…”.
“O público da NFL e os índices de audiência estão no chão. Muitos não vão porque amam o nosso país. A liga deveria apoiar os EUA”, completou o presidente na rede social.
O Pittsburgh Steelers teve a reação mais radical, e se recusou a entrar em campo durante o hino.
Em Detroit, vários integrantes do Lions se ajoelharam e o cantor Rico Lavelle se apoiou em um joelho e ergueu um punho fechado no final de sua interpretação do hino nacional dos EUA.
Na Filadélfia, policiais se uniram aos jogadores do Eagles e do New York Giants e ao proprietário do Eagles, Jeffrey Lurie, juntando os braços durante o hino como sinal de solidariedade.
No ano passado, o afro-americano Colin Kaepernick, então jogador do San Francisco 49ers e hoje sem time, chamou a atenção por permanecer ajoelhado durante a execução do hino nacional.
“Não vou me levantar para mostrar orgulho pela bandeira de um país que oprime as pessoas negras e de cor”, explicou na época.
Trump também chocou o mundo do basquete no final de semana ao desconvidar o armador Stephen Curry, astro do Golden State Warriors, da NBA, a visitar a Casa Branca, segundo a agência Efe.
É tradicional que as equipes campeãs das ligas americanas visitem a residência presidencial, mas Curry admitiu que não queria ir à Casa Branca em uma forma de protesto contra Trump.
Após a mensagem do presidente, o Golden State confirmou que não irá à Casa Branca e disse que aproveitará a viagem a Washington, prevista para fevereiro, para celebrar a igualdade, a diversidade e a inclusão.
Curry recebeu mensagens de apoio de vários astros da NBA, entre eles do ala LeBron James, do Cleveland Cavaliers, um dos principais nomes do esporte americano.
No Twitter, James disse que ir à Casa Branca era um grande prazer até Trump chegar ao poder.