Um acessório vem chamando a atenção na ocupação das Forças Armadas na Favela da Rocinha. Para cobrir o rosto, militares são vistos usando lenços que mais parecem máscaras de personagens de filmes de terror, a maioria com desenhos de caveiras.
A peça retrata o clima de tensão vivido pelos moradores na comunidade. No entanto, de acordo com soldados, o lenço — também chamado de buff — não é usado para amedrontar ainda mais a população. Eles alegam que o acessório, feito de poliviscose, protege dos raios solares e seca rapidamente o suor sem prejudicar a respiração. Além de soldados do Exército, fuzileiros navais do grupo Comandos Anfíbios também usam os lenços.
Em maio, durante incursão no Complexo do Alemão, PMs do Bope usaram um acessório que também chamou a atenção: era o keffiyeh (lenço palestino). Feita de algodão, a peça substituía a balaclava (touca ninja). Na ocasião, o comando da PM disse que o acessório protege o rosto do policial contra estilhaços e vira um torniquete em casos de socorro a feridos.