Foi na raça, na vontade e com sofrimento. Em duelo bastante truncado, na noite desta quarta-feira, no Mineirão, a decisão ficou para os pênaltis já que no tempo normal o jogo ficou no empate sem gols. Pelo lado do Flamengo três cobranças convertidas, mas o craque do time, Diego, parou nas mãos do goleiro Fábio. Já a Raposa fez todos os tentos com a estrela principal, Thiago Neves, marcando o tento que valeu o título. O time estrelado alcança sua quinta conquista de Copa do Brasil.
Foi um jogo truncado. O Cruzeiro, mesmo jogando em casa, teve uma postura defensiva no inicio da partida e se soltou na etapa complementar. O Flamengo, apesar de jogar fora, foi a equipe que controlou o duelo na maior parte do tempo.
As equipes voltam suas atenções agora para o Campeonato Brasileiro. O Cruzeiro terá o Corinthians, no domingo, também no Mineirão, em duelo pelo Campeonato Brasileiro. O Flamengo terá a Ponte Preta, no Moisés Lucarelli, na segunda-feira.
Primeiro tempo
Os primeiros minutos mostraram uma situação diferente da esperada: o Flamengo não se fechou completamente, tanto que os dois primeiros ataques foram do clube carioca.
Pelo lado cruzeirense, logo aos 4 minutos a estratégia do técnico Mano Menezes na frente caiu com o jovem Raniel deixando o gramado de jogo com dores. Arrascaeta, a segunda opção, foi para o campo. Desta maneira, o ataque azul ficaria mais móvel e leve, mas sem homem de referência no meio dos dois gigantes zagueiros.
Aos 6 minutos, Guerrero tratou de assustar os torcedores cruzeirenses. Com uma boa cobrança de falta, colocou a bola na trave do goleiro Fábio. O Cruzeiro demorou ainda para entrar no jogo. Somente aos 13 minutos que Arrascaeta chutou com perigo contra a meta de Muralha. Dois minutos depois, foi a vez de Thiago Neves, novamente com perigo.
O desenho tático do jogo era interessante: jogando dentro de casa, o Cruzeiro era o time que ficava fechado. Sem a bola, a primeira linha era de cinco jogadores, com Henrique ajudando, além da recomposição feita por Robinho pela direita e Alisson na esquerda. O Rubro-Negro tinha sua linha alta, se arriscava. As principais saídas de jogo eram concentradas em Diego e bola no centroavante.
Embora as tentativas de saída de jogo fossem concentradas no meia Diego, o armador não fazia bom jogo. A partida ficou fria, sem grandes oportunidades para os dois lados.
Segundo tempo
A pressão na volta do intervalo foi do Cruzeiro. O time azul voltou querendo o gol para decidir logo e não precisar dos pênaltis. O técnico Mano Menezes nos vestiários sacou Robinho – que não vinha bem no jogo – e mandou Rafinha para a partida.
Algo que ficou claro também após o intervalo foi o comando de Mano Menezes em chutar contra a meta de Muralha. Para isso, Henrique e Hudson se adiantaram. O Flamengo neste momento esperava o contra-ataque.
Após os 10 minutos, o Flamengo voltou a controlar a partida. O Cruzeiro não tinha mais a mesma postura defensiva, porém, não se arriscava tanto. Com isso o Rubro-Negro conseguiu duas boas chances.
A partida, no entanto, ainda era bastante truncada. Isso durou até os 35 minutos. Após, as equipes buscaram o resultado. Os dois lados estavam abertos, as possibilidades eram infinitas.
Para se ter ideia, o Cruzeiro atacou com força aos 43 minutos de jogo. No contra-ataque, Diego encontrou Guerrero no mano a mano com Léo. Ele driblou o zagueiro e na entrada da área chutou para a boa defesa do goleiro Fábio.
FICHA TÉCNICA
CRUZEIRO 0 (5) X (3) 0 FLAMENGO
Local: Estádio Mineirão, em Belo Horizonte (MG)
Data: 27 de setembro de 2017 (Quarta-feira)
Horário: 21h45 (de Brasília)
Árbitro: Luiz Flavio de Oliveira (SP)
Assistentes: Marcelo Carvalho Van Gasse (SP) e Danilo Ricardo Simon Manis (SP)
Cartões amarelos: Ezequiel, Hudson (Cruzeiro); Pará, Guerrero (Flamengo)
Público: 61.017 torecedores
Renda: R$ 7.897.000,00
Penalidades: CRUZEIRO: Henrique – Gol. Léo – Gol. Hudson – Gol. Diogo Barbosa – Gol. Thiago Neves – Gol; FLAMENGO: Guerrero – gol. Juan – gol. Diego – Perdeu. Trauco – Gol
CRUZEIRO: Fábio, Ezequiel, Léo, Murilo e Diogo Barbosa; Henrique, Hudson, Robinho (Rafinha), Thiago Neves e Alisson (Élber); Raniel (Arrascaeta)
Técnico: Mano Menezes
FLAMENGO: Alex Muralha, Pará, Réver, Juan e Miguel Trauco; Gustavo Cuéllar, Willian Arão, Diego e Everton (Lucas Paquetá); Orlando Berrío (Rodinei) e Paolo Guerrero
Técnico: Reinaldo Rueda