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Agredida pelo ex da namorada diz que sofreu preconceito na DP

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Publicitária de Campinas (SP) usou redes sociais para relatar agressão em festa

Uma publicitária de 25 anos, de Campinas (SP), usou as redes sociais para denunciar ter sido vítima de machismo e homofobia no sábado (30). A jovem relatou ter sido agredida pelo ex-namorado da atual companheira, postou fotos com o olho roxo e denunciou a atuação do delegado, que teria dito que ela procurou “confusão”. “Estou muito mais abalada pelo tratamento que eu recebi na delegacia do que pela agressão”, escreveu.

G1 tentou contato com a vítima, mas não teve as mensagens respondidas até a publicação desta reportagem. Em seu relato nas redes sociais, a jovem explica que foi agredida pelo homem momentos depois de chegar em uma festa universitária. Com o olho inchado e roxo, procurou atendimento em uma ambulância e acionou a Polícia Militar que, segundo ela, teria demorado mais de duas horas para chegar ao local.

A vítima diz que foi bem atendida pelos policiais no local da festa mas, ao chegar ao 4º Distrito Policial (DP) de Campinas para o registro da ocorrência, ela e a companheira foram “maltratadas o tempo todo”.

“O delegado tentou nos culpar pela situação, dizendo que deveríamos ter ido embora da festa, de que se fosse a filha dele, jamais ia estar (sic) na festa, e que a situação do rapaz é compreensível pois imagina só se você homem (sic) ser trocado por uma mulher.”

Em sua postagem, a publicitária faz um desabafo contra a situação enfrentada na delegacia. “Eu gostaria de dizer para vocês, mulheres, independente de tudo o que te falaram (sic), eles vão tentar de todas as maneiras te convencer não denunciar (sic), todo mundo vai tentar! Não abaixem a cabeça, sejam firmes, eu sei que abala psicologicamente, eu sei o quão é horrível passar por uma situação dessas, mas não deixem de fazer a denúncia. Seja firme, seja forte, não importa o que eles digam. MACHISTAS e HOMOFÓBICOS NÃO PASSARÃO!”

Sobre a agressão, a Polícia Civil informou que a ocorrência foi registrada como lesão corporal, no 4º Distrito Policial de Campinas, e que a vítima foi orientada sobre a necessidade de representação do caso, dentro do prazo de seis meses, para a instauração do inquérito.

Questionada sobre os relatos de machismo e homofobia enfrentados pela publicitária na delegacia, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo destacou, em nota, que a “Polícia Civil preza pela excelência no atendimento à população e irá apurar a queixa da vítima.”

“Cabe destacar que qualquer pessoa que tenha denúncia sobre os procedimentos adotados por policiais pode procurar a Corregedoria”, completou a SSP.