Shéridan (PSDB-RR) consta na agenda presidencial em reunião com grupo de parlamentares, às 20h40. Agenda oficial ainda traz erro ao indicar 'deputado Shéridan', em vez de deputada.
Entre as dezenas de parlamentares previstos na agenda oficial do presidente Michel Temer ao longo desta terça-feira (3), consta o nome da deputada Shéridan (PSDB-RR), em um compromisso marcado para as 20h40 com outros nove parlamentares de diferentes partidos, entre os quais os líderes do DEM e do PP na Câmara. Ao G1, Shéridan afirmou que não foi convidada para o encontro e não aceitaria se tivesse sido procurada pelo Palácio do Planalto.
Na agenda oficial divulgada na noite desta segunda (2), a parlamentar tucana constava como “Deputado Shéridan (PSDB/RR)”, em vez de deputada.
“Não fui convidada, não quero participar. Não há nenhum interesse agora em nenhum tipo de agenda com o presidente”, enfatizou Shéridan ao G1.
“Não importa se fui chamada de deputado ou deputada. O que importa é que eu não estarei lá”, completou.
Na tarde desta terça, a assessoria do Palácio do Planalto divulgou um e-mail, de 24 de agosto, enviado pela liderança do PP, em que os líderes do PP, Arthur Lira (AL), e do DEM, Efraim Filho (PB), pediam audiência com Temer.
Neste mesmo e-mail, constavam os nomes de deputados que também estariam presentes à reunião, entre os quais a da deputada Shéridan.
A romaria de deputados no Planalto faz parte da estratégia do governo para tentar barrar na Câmara a segunda denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra o peemedebista. Até o início da tarde desta terça, a agenda do presidente da República previa reuniões com 53 parlamentares.
Temer foi acusado pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot de ter cometido os crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça. Caberá aos deputados federais decidirem se autorizam o Supremo Tribunal Federal (STF) a analisar a denúncia da PGR.
No Twitter, Temer escreveu nesta manhã que o diálogo é “fundamental para a harmonia entre os poderes” e que é preciso “lidar com uma denúncia inepta e sem sentido, proposta por uma organização criminosa que quer parar o país”.