Depois da decisão do júri popular que absolveu Mirella Granconato Ricciardi do assassinato da universitária Giovanna Tenório, na última quarta-feira (11), familiares da universitária morta em 2011 realizam protesto na manhã deste domingo (15), na orla de Ponta Verde.
Com faixas e camisas com imagens de Giovanna Tenório, os parentes juntos a amigos que fazem parte da igreja Nossa Senhora do Carmo – frequentada pela universitária – clamam por Justiça, já que o julgamento foi considerado controverso até para o magistrado John Silas, que presidiu a sessão e leu a sentença. A polêmica gira em torno da decisão do júri que reconheceu a autoria do crime, mas entretanto, optou por absolver a ré permitindo apenas a condenação pelo crime de ocultação de cadáver.
“A gente está partindo do princípio do entendimento do próprio juiz e do próprio promotor [Antônio Villas Boas]. O pessoal da igreja está fazendo essa mobilização e clamamos por justiça, pois temos certeza de que o júri será anulado”, garante o irmão da vítima, Francisco Andrade.
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Como Mirella Granconato é ré primária, sem qualquer antecedente criminal, a pena foi convertida em prestação de serviços à comunidade, além de indenização a família da vítima com R$ 20 mil. Mesmo com essa condenação parcial, a família da vítima não está satisfeita.
“Mirella é autora intelectual. Não foi legitima defesa, não foi nada, ela não deu chances de defesa a minha irmã. Eu quero que ela cumpra a pena dela pois essa é a nossa luta. Os autos provam tudo isso”, afirma Francisco Andrade.
Mesmo com a decisão da Justiça, o Ministério Público do Estado já enviou um pedido de anulação do julgamento. O coro foi corroborado pelo próprio juiz John Silas, que viu incoerência na decisão do corpo de jurados, conforme mostrado acima.
“A decisão dos jurados, eles são soberanos para decidirem, mas a gente nota que algumas coisas não ficaram de acordo com o que se espera de um julgamento”, disse o magistrado logo após o julgamento.