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Cerâmicas indígenas são localizadas em Mata Grande

Artefatos líticos também foram encontrados por arqueólogos contratados pelo DNIT.

Assessoria

Artefatos líticos também foram encontrados por arqueólogos

Os moradores do povoado de Poço Branco, no município de Mata Grande, estão curiosos para saber sobre os setes sítios arqueológicos identificados na comunidade. O mapeamento destes pontos foi feito no início das obras, em novembro de 2016. O trabalho é de responsabilidade da Gestão Ambiental da BR-316/AL, executada pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), que já realiza o resgate arqueológico de um dos pontos encontrados.

O objetivo do trabalho de resgate arqueológico é de guardar e conhecer a cultura histórica do local. “É um lugar com o chão muito compactado e trabalhamos para retirar o máximo de material arqueológico possível, pois futuramente é importante que a população tenha o conhecimento do seu passado”, ressalta Jani Ribeiro, arqueóloga de campo do Programa de Monitoramento e Resgate Arqueológico (PARQUEO).

Atualmente, a equipe realiza o resgate no sítio arqueológico próximo à Escola do Poço Branco. Neste ponto, que é o primeiro a ser resgatado, foram encontradas cerâmicas indígenas, como potes, panelas e outros utensílios domésticos, além de artefatos líticos, a exemplo de lascas de pedra provavelmente utilizadas para cortar e raspar

Todo material recolhido está acondicionado e será entregue no Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas (IHGAL). Após o término das escavações, o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) fará uma avaliação e, a depender do parecer, liberará as áreas para que o Consórcio Ápia-Convap-Consol, responsável pela obra na rodovia, possa começar as atividades nesses locais.

Assessoria

Artefatos líticos também foram encontrados por arqueólogos

O Sítio Furna da Onça já foi parcialmente liberado. Não há uma previsão para a liberação dos outros sítios arqueológicos, já que o serviço depende, por exemplo, da quantidade de material encontrado em cada ponto. Quando identificados, os sete sítios arqueológicos ganharam uma ficha de registro para cada um no IPHAN, na intenção serem incluídos no Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos.

O trabalho do PARQUEO é realizado especificamente no Segmento 1, que começa na divisa com o Estado do Pernambuco, na ponte sobre o rio Moxotó, e segue até a cidade de Canapi. Um trabalho de educação patrimonial também será feito pela equipe.

O PARQUEO integra a Gestão Ambiental da BR-316/AL, executada pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). A obra de Implantação e Pavimentação da BR-316/AL segue os preceitos da Política Ambiental do Ministério dos Transportes e as medidas de compensação exigidas pelo licenciamento ambiental federal, conduzido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).