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Servidores da Educação de Monteirópolis mantém greve por tempo indeterminado

Com quase um mês de atraso, servidores receberam o salário de setembro hoje, 30, mas pedem garantias que o caso não vai se repetir nos próximos meses.

Cortesia ao AL24H

Servidores da educação de Monteirópolis decidem por continuar em greve

Os servidores da educação do município de Monteirópolis, no Sertão alagoano, realizaram uma nova assembleia nesta segunda-feira, 30, na qual decidiram manter a greve iniciada em meados de outubro, por causa do atraso no pagamento dos salários do mês de setembro e a falta de garantias de que a situação não vai se repetir outras vezes.

Representantes do movimento informaram à nossa reportagem que o prefeito do município, Mailson Mendonça (PR), pagou, apenas hoje, o salário de setembro, mas que ele teria dito que só poderia se posicionar a respeito do salário de outubro a partir do dia 10 de novembro, o que foi rejeitado pela classe que decidiu permanecer mobilizada até que a situação seja esclarecida, já que, por lei, os pagamentos devem ser realizados até o quinto dia útil de cada mês.

Os manifestantes disseram que apesar de o pagamento ter sido feito, o sexto de férias não foi incluso. E que, além disso, situações como a redução da carga horária e compromissos com a previdência ainda estão pendentes.

“Nós fizemos uma nova assembleia hoje para poder apresentar aos colegas a proposta feita pelo prefeito, mas nós não aceitamos. Não é só o salário atrasado, mas nós precisamos da garantia que essa não será uma situação recorrente. Só retornaremos quando ele [prefeito] nos der uma posição sobre outubro”, explicou um dos professores a frente do ato.

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No último dia 16 de outubro a classe decidiu, também em assembleia, promover uma paralisação de advertência de três dias, pelo mesmo motivo. A paralisação aconteceu nos dias 19, 20 e 23 de outubro e desde o dia seguinte (24), por não terem um posicionamento da prefeitura, deflagraram a greve. Um ato em frente à sede da prefeitura foi realizado.

Os servidores garantiram ainda que o movimento é apoiado pela comunidade e que outros setores da prefeitura também apresentam atrasos salariais, inclusive servidores contratados, que estariam enfrentando o mesmo problema há pelo menos três meses.

Novamente a reportagem do Alagoas24Horas tentou contato com o prefeito ou algum representante, mas não teve êxito.