Grupo de argentinos da cidade de Rosário viajou para Nova York para comemorar 30 anos de formatura. Uma belga também está entre as vítimas, segundo chanceler.
Cinco argentinos estão entre os 8 mortos no atentado terrorista em Nova York, nesta terça-feira (31), segundo o Ministério de Relações Exteriores da Argentina. Um caminhão invadiu uma ciclovia no sul de Manhattan, em um trecho próximo do memorial do World Trade Center, atropelando várias pessoas. Onze pessoas também ficaram feridas.
As vítimas teriam entre 45 e 50 anos e faziam parte de um grupo de amigos que estudaram juntos e comemoravam 30 anos da conclusão do curso no Colégio Politécnico de Rosario. Ele foram aos EUA para visitar um colega de turma que mora em Nova York.
As vítimas foram identificadas pelo Ministério de Relações Exteriores como Hernán Diego Mendoza, Diego Enrique Angelini, Alejandro Damián Pagnucco, Ariel Erlij e Hernán Ferruchi. Além deles, Martín Ludovico está entre os feridos e está internado.
Além dos argentinos, uma belga também está entre os mortos no ataque, segundo a chancelaria da Bélgica. “Com profundo pesar devo anunciar uma vítima belga em Manhattan, e expresso minhas condolências aos seus familiares e amigos”, postou no Twitter o chanceler belga Didier Reynders. A mulher seria de Roulers e estaria nos EUA com sua irmã e sua mãe. Três belgas também estão entre os feridos.
O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, classificou o caso como um “ato covarde de terror”. Já o governador Andrew Cuomo afirmou que não há evidências de um plano maior.
Após atingir os ciclistas, o caminhão seguiu pela rua e bateu em um ônibus escolar. O suspeito saiu do veículo gritando. Ele tinha uma arma de paintball e outra de ar comprimido. Logo após o ataque, ele foi baleado pela polícia e detido.
O jornalista da CNN Jim Sciutto afirma, segundo “múltiplas fontes”, que o suspeito gritou “Allahu Akhbar” (Deus é Grande, em árabe).
A imprensa americana identificou o motorista como Sayfullo Saipov, um homem de 29 anos originário do Uzbequistão, que teria dois endereços nos EUA – um na Flórida e outro em Nova Jersey. Uma fonte da rede CBS disse que ele teria deixado um bilhete perto ou dentro do caminhão com referências ao Estado Islâmico.
Seis pessoas morreram no local e duas foram declaradas mortas ao chegarem ao hospital. Onze pessoas feridas foram transportadas para receber atendimento médico, mas é possível que existam outras vítimas que deixaram o local por conta própria, afirmou o chefe de polícia.
Veja a repercussão do ataque em Nova York
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi informado do ataque e disse no Twitter que “parece um outro ataque de alguém muito doente e perturbado”. “Não podemos permitir que o Estado Islâmico volte ou entre no nosso país após derrotá-lo no Oriente Médio e nos outros lugares. Já chega!”, postou. Após a identificação do suspeito, Trump defendeu que se endureça os vetos a cidadãos estrangeiros.
De acordo com o SITE Intel Group, que monitora grupos extremistas na internet, o Estado Islâmico divulgou em agosto uma foto de uma pessoa segurando um celular com o logo do grupo jihadista, em um local que seria a menos de 1,6 km do local do ataque desta terça. Mas não há detalhes sobre se de fato há algum tipo de conexão entre a foto postada e o ataque em Nova York.