Natural do Rio Grande do Sul, o vendedor Juliano Morais, de 33 anos, virou alvo de críticas na web esta semana ao publicar uma foto de sua nova tatuagem, que leva o nome da loja Lebes, onde trabalha. O desenho, feito há cerca de duas semanas, também rendeu elogios.
Morais afirma que não esperava toda a repercussão – negativa e positiva – que a história alcançou e diz que divulgou a imagem nas redes sociais apenas para que não precisasse explicar a novidade para cada um dos funcionários da rede de varejo no dia seguinte. Mesmo assim, ele não se arrepende do que fez e justifica a homenagem como um caso de amor.
– Eu fiz a tatuagem devido ao carinho muito grande que tenho pela empresa. Consegui bastante coisa através dela: minha casa, meu carro, minha moto, três viagens (por ter sido destaque em vendas). Decidi tatuá-la, apesar de que ela já estava ‘tatuada’ no meu coração; pensei apenas em traduzir isso para o corpo – conta o vendedor, que já viajou para lugares como Maragogi e Costa do Sauípe, como premiação.
Sua trajetória na Lebes, na cidade de Portão, começou há dez anos, entre idas e vindas.
– Entrei na empresa em 2007, trabalhei durante cinco anos e meio e saí em 2012. Achei que tinha encerrado meu ciclo na empresa e fui atrás de novos ares, mas vi que o meu lugar era ali, onde sou valorizado. E por isso quis voltar, mas a empresa tem uma lei de que o funcionário que se demite só pode retornar três anos depois. Voltei, então, em 2015 e estarei, se Deus quiser, por muito tempo ainda – declarou.
Habituado a tatuar os amores de sua vida, Morais tem outras figuras eternizadas na pele, entre elas os nomes de sua mulher e de suas filhas; de Jesus Cristo; e de seu time de coração (Grêmio).
A Lebes não se pronunciou publicamente sobre o caso inusitado envolvendo seu funcionário, mas o vendedor contou que a resposta foi positiva, assim como ocorreu entre familiares:
– Primeiro contei para a minha esposa. Ela ficou meio apavorada, mas entendeu e me apoiou. Depois contei para a minha gerente. A empresa tem 150 lojas no Rio Grande do Sul. Tivemos reunião com os funcionários, muitos quiseram ver a tatuagem de perto. Eles ficaram chocados, espantados, mas também felizes, me deram os parabéns e me apoiaram. Foi bem legal – afirmou.
Se depender de Morais, sua história com a empresa vai perdurar ainda por muitos anos.
– Quero ser trainee e, futuramente, chegar a gerente de uma das lojas da Lebes. É o sonho que tenho hoje. Eu vivo pra isso – disse o vendedor.