Categorias: Justiça

Acusada de mandar matar homem contratado para assassinar esposo é condenada a dez anos

Rubinete Belarmino dos Santos deverá cumprir a pena em regime inicialmente fechado; sessão de julgamento ocorreu na última segunda-feira (13)

Alagoas24Horas

Subtenente Deraldo Juvino estava há dois anos na reserva da PM quando foi morto

A ré Rubinete Belarmino dos Santos, acusada de mandar matar Celso Benedito Alves, foi condenada a dez anos e seis meses de prisão, que deverão ser cumpridos em regime inicialmente fechado. A ré havia encomendado a morte do marido à vítima, e teria cometido o crime para não efetuar a segunda parcela do serviço. O julgamento foi realizado na última segunda-feira (13), no primeiro dia do mutirão do júri promovido pelo Poder Judiciário de Alagoas.

Leia Também: Subtenente da PM é executado com seis tiros de revólver

Esposa e amante são presas acusadas na morte de subtenente 

De acordo com a denúncia, em abril de 2011, por volta das 14h, no bairro Denisson Menezes, Celso Benedito foi perseguido por bandidos a mando de Rubinete Belarmino, e quando já tinha sido atingido por um tiro nas costas, entrou em uma casa que estava com a porta aberta, com o objetivo de se proteger, mas não havia ninguém na casa, nem saída na parte dos fundos. Os bandidos entraram e desferiram vários tiros contra a vítima.

A ré teria contratado Celso para, no dia 23 de março de 2011, assassinar seu marido, Deraldo Jovino dos Santos, por R$ 10 mil reais. O pagamento seria efetuado em duas parcelas, a primeira logo após a execução e, a segunda, em 25 de abril. Para não saldar a segunda parcela, e também apagar qualquer prova de sua participação na morte de seu marido, mandou assassinar a vítima, segundo a acusação.

Outros júris

Além desse processo, no primeiro dia do mutirão de julgamentos, realizado no Centro Universitário Cesmac e na Faculdade Seune, em Maceió, quatro réus foram condenados e um absolvido.

Os jurados do 1º Tribunal do Júri acataram a tese de negativa de autoria quanto ao homicídio de Lousival Bernardes Rosa, e absolveram, por clemência, Pedro Gomes da Silva quanto à lesão corporal de Lourenildo da Silva Rosa. Durante o julgamento, realizado no Cesmac, o Ministério Público também pediu a absolvição do réu. MP/AL e defesa afirmaram que foi uma briga generalizada e não há como saber realmente quem matou a vítima.

Também no Cesmac, Emerson Bento de Souza Júnior foi condenado, pelo Conselho de Sentença do 2º Tribunal do Júri da Capital, a 12 anos, oito meses e quatro dias pelo assassinato de Francismario da Silva. O réu teria realizado disparos de arma de fogo contra a vítima, no dia 18 de janeiro de 2012, por volta das 22h40, no Alto da Boa Vista, no bairro Rio Novo.

O crime teria sido motivado por uma dívida de tráfico de drogas entre a vítima e o acusado, com quem Franscismario adquiria drogas para revender na comunidade em que morava, conforme diz a denúncia do processo.

Já os réus Aminadab da Silva, Alan Kardec da Silva e Anderson da Silva Sampaio foram julgados e condenados pelos Conselhos de Sentença do 3º Tribunal do Júri da Capital. Os julgamentos foram realizados na sede da Seune.

Aminadab da Silva foi condenado a pena de 21 anos, dez meses e 15 dias de reclusão pelo homicídio qualificado de Marcos da Conceição Santos e pela lesão corporal culposa de Maria José da Silva.

Alan Kardec da Silva, mais conhecido como “Chacal”, foi condenado pelo homicídio qualificado de Jonathan Santos de Souza. Ele deve cumprir pena de sete anos e 11 meses de reclusão, em regime inicialmente semiaberto.

Já Anderson da Silva Sampaio foi condenado a dez anos e oito meses de reclusão, a serem cumpridos em regime fechado, pela tentativa de homicídio de Danilo Rodrigues da Silva.

O julgamento de Jailson Simplício Neves não foi realizado, uma vez que uma testemunha imprescindível para a acusação não pôde estar presente, justificando a ausência. O júri popular foi remarcado para o dia 11 de dezembro.