Um “beijo de metanfetamina” levou à condenação de uma mulher em Oregon, nos Estados Unidos. Melissa Ann Blair trocou um longo beijo com o namorado, Anthony Powell, ao fim de uma visita à penitenciária na qual ele estava preso. Com isso, a americana tentava transferir de sua boca para a dele sete pacotes lotados de metanfetamina e, assim, driblar a vigilância na unidade prisional.
Dois dos sete pacotinhos de droga sintética se romperam no estômago de Powell, que, segundo promotores, morreu intoxicado. O juiz responsável pelo caso decidiu que tanto o detento quanto Melissa eram culpados pela morte.
“Foi trágico e triste, mas ele compartilha da responsabilidade pelo que ocorreu”, destacou o juiz Marco Hernandez.
Powell tinha 41 anos e cumpria pena perpétua por homicídio qualificado na Penitenciária Estadual do Oregon. Ele foi condenado por matar a madrasta a facadas. Em junho de 2016, recebeu drogas da namorada — que teria se sentido coagida a levar o entorpecente, na visão da defesa de Melissa.
O advogado da americana, John Ransom, argumentou que Powell tinha “total controle” sobre a vida de sua cliente. Ela faria, portanto, tudo o que ele pedisse. O juiz Hernandez não acolheu a tese e sentenciou Melissa a dois anos de prisão por conspiração com drogas. Cumprida a sentença, ela ainda deverá passar três anos sob supervisão e se submeter a tratamentos contra o vício e de saúde mental.