O Procurador-Geral de Justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça, disse à imprensa, na tarde desta sexta-feira, 24, que o Ministério Público possui provas de que o prefeito de Campo Grande, Arnaldo Higino Lessa, preso nesta manhã recebendo propina, está envolvido em outros delitos contra a administração pública.
Conforme dados de Alfredo Gaspar de Mendonça, o prefeito irá responder por enquanto pelo crime de corrupção passiva, mas há provas de outros ilícitos. “Primeiro momento por corrupção passiva e depois haverá ainda uma segunda denúncia a respeito de fatos paralelos a deste. Já temos provas materiais de outros delitos cometidos pelo gestor contra a administração pública”, afirmou.
Durante a conversa com a imprensa, o procurador-geral de Justiça informou ainda que o Ministério Público já acompanhava a reiteração de conduta criminosa do gestor de Campo Grande há um mês e hoje teve a oportunidade de flagrar o crime. “Fizemos a filmagem do ilícito no momento do recebimento do dinheiro. Foi efetivado o flagrante. Ele adquiria notas frias em troca de um percentual pago por empresários”, explicou.
O procurador-geral informou também que o empresário, filmado pagando a propina, é um colaborador do Ministério Público. “Já encaminhamos o termo de colaboração ao Tribunal de Justiça para homologação. Não temos o percentual completo de quanto foi o prejuízo para os cofres públicos, mas temos provas concretas de desvio de R$500 mil”, afirmou.
Após o exame de corpo de delito no Instituto de Medicina Legal, o prefeito de Campo Grande, Arnaldo Higino Lessa, foi encaminhado ao Complexo Penitenciário, na parte alta de Maceió. Não é tempo de tirar dinheiro do povo. Dinheiro público é para ser aplicado corretamente em serviço público”, finalizou o procurador-geral.