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Defesa de Guerrero aguarda Fifa para traçar absolvição total

Reuters

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O Flamengo terminou o ano com a situação do atacante Paolo Guerrero ainda pendente. Inicialmente punido por um ano por pelo uso de benzoilecgonina, um metabólito comum à cocaína e folha de coca, o camisa 9 teve sua pena reduzida para seis meses, o que garante sua presença na Copa do Mundo.

Mas a absolvição total do jogador, um dos mais importantes do elenco do time da Gávea, ainda é tratada como possível pelos advogados do peruano, que traçarão a estratégia definitiva nos primeiros dias de 2018.

De posse da fundamentação da decisão do Comitê de Apelação da Fifa, o estafe de Guerrero traçará a linha de defesa para a audiência decisiva na Corte Arbitral dos Esportes (CAS), na sigla em inglês), instância na qual tentarão isentar o jogador de punição.

Este capítulo final deverá ocorrer ainda em janeiro e, em caso de sucesso, o Rubro-negro poderá utilizar o seu astro imediatamente. Caso a decisão seja mantida, ele só estaria apto a jogar em maio. Com o Mundial muito próximo, o centroavante, cujo contrato termina em agosto, muito pouco poderia ajudar seu clube, que teria de ir ao mercado encontrar um substituto.

“A fundamentação é a decisão em si. Antes nos anteciparam apenas o resultado, mas agora nos entregarão as razões da decisão. Estamos muito confiantes numa absolvição total do Guerrero”, disse Bichara Neto, um dos responsáveis pela defesa do jogador.

A estratégia que resultou na redução da pena do atacante Guerrero contou com um elemento inusitado. Suspenso por um ano pelo uso de benzoilecgonina, um metabólito comum à cocaína e folha de coca, o jogador do Flamengo teve o “auxílio” de três múmias encontradas nas Cordilheiras dos Andes em 1999.

“Isso ajudou a compor os argumentos da defesa. Por si só não seria decisivo, mas somado às outras provas foi valioso”, completou Bichara.

Guerrero soma 108 jogos e 42 gols pelo clube. Com a camisa do Flamengo, o atacante levantou o Campeonato Carioca de 2017.