O irmão da mulher baleada pelo cabo da Polícia Militar, Ivan Augusto, na sexta-feira passada (19), em um condomínio no bairro São Jorge, disse hoje que o Estado de saúde de Expedita da Silva, 37 anos, é considerado grave. A vítima está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Geral do Estado (HGE), desde que foi atingida por sete disparos de arma de fogo desferidos pelo próprio marido, conforme notícia veiculada pelo Alagoas 24 Horas.
João Celso disse em entrevista à TV Ponta Verde, que não deseja nenhum mal ao cunhado, mas espera que seja feita Justiça. “Eu faço um apelo ao governador, ao comandante Geral da Polícia Militar e ao secretário Lima Junior para que empenhem na prisão dele e essa covardia não fique impune”, disse o irmão em tom de revolta.
João Celso também fez um apelo para que o cabo da Polícia Militar se entregue. “Cunhado se entregue, pague pelo ato que você cometeu”, apelou o irmão, que reiterou que o militar tinha comportamento agressivo e já havia ameaçado, apontando arma para sua cabeça na presença das filhas. A menor, de 12 anos, inclusive estaria sob os cuidados da avó materna, ainda em choque.
Crime Premeditado
Outra irmã de Expedita, que se identificou como Ivoneide Silva, disse que mora com outros três irmãos em São Paulo e está acompanhando de longe, angustiada, o episódio criminoso envolvendo sua irmã.
Ela conta que dias antes do atentado, sua irmã havia informado que estava se preparando para deixar Ivan Augusto. Ela pretendia viver na casa da mãe, para evitar problemas. O próprio Ivan teria dito para Expedita que deixaria ela vivendo com a filha mais nova no apartamento e iria morar em uma casa em Paripueira, no entanto, não aceitava o fim do relacionamento. “Ele não surtou como muito gente está dizendo. Ele é uma pessoa violenta e não aceitava a separação. Ele disparou várias vezes contra a minha irmã e os sete tiros a atingiram”, desabafou ao telefone.
A irmã da vítima disse ainda que tanto a mãe, quanto as duas filhas de Expedita prestaram depoimento nesta segunda-feira, 22, à Polícia Civil.
Atualizada às 18h14.