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Colaboradores aprendem como reconhecer e agir em casos de parada cardiorrespiratória

Ascom Santa Casa

Ascom Santa Casa

 O que você faria se alguém ao seu lado, de repente, tivesse uma parada cardiorrespiratória? E se fosse um paciente, um amigo, colega de trabalho ou mesmo um desconhecido?

a) Colocaria a pessoa em um carro e levaria até um hospital?;

b) Chamaria o SAMU e ficaria ao lado da pessoa só observando?;

c) Verificaria o pulso, a respiração e, não existindo estes sinais vitais, iniciaria compressões torácicas até o SAMU chegar e encaminhar para o hospital?

Acertou quem escolheu a opção C.

Treinamento ocorre “in loco” nos diversos setores do hospital

Como não é possível prever uma emergência, a Divisão de Ensino e Pesquisa da Santa Casa de Maceió vem realizando diversos treinamentos nos setores assistenciais do hospital abrangendo também os setores administrativos.

Idealizado pela cardiologista Alayde Mendonça Rivera, gerente de Ensino e Pesquisa da instituição, o Treinamento em Suporte Básico de Vidas (BLS) desta semana ocorreu na sala da Arquitetura, reunindo também a equipe da Assessoria de Comunicação.

A enfermeira e supervisora da Divisão de Ensino e Pesquisa Andreza Andrade vem orientando os colaboradores sobre como identificar uma parada cardiorrespiratória e como realizar as manobras de suporte básico de vida.

O treinamento consiste na apresentação teórica, seguida de demonstração com boneco próprio e simulações de atendimento. Os participantes realizaram compressões e ventilações (respiração boca a boca ou usando o instrumento de ventilação manual de uso hospitalar chamado ambu).

A relação de compressões na ressuscitação cardiopulmonar em adultos são de 30 compressões, seguidas de 2 ventilações, sempre contadas em voz alta para não se perder a contagem.

A literatura médica estima uma redução de 10% na sobrevida do paciente em parada cardiorrespiratória a cada minuto que o indivíduo permanece nessa condição. Por isso, é preciso manter a circulação sanguínea por meio das compressões torácicas pelo tempo que for necessário até que o socorro médico chegue.

O que fazer em caso de parada cardiorrespiratória

Para realizar as manobras de ressuscitação cardiopulmonar é preciso ajoelhar-se ao lado da vítima, colocar as duas mãos uma sobre a outra com os dedos entrelaçados e manter os braços esticados, realizando massagem no centro do tórax, na altura da linha mamilar, afundando o tórax entre 5cm a 6cm, retornando à posição inicial.

Como as massagens são cansativas é importante existir o revezamento com outras pessoas que estejam presentes, sem parar, checando o pulso após 5 ciclos das manobras. A ventilação (boca-a-boca ou com ambu) deve ser realizada com o nariz do paciente fechado, a cabeça um pouco deslocada para trás e nem muito forte, nem muito fraca.

“Nessas condições não se pode desistir do ser humano que está em parada cardiorrespiratória, sendo preciso a realização de compressões fortes e rápidas sem parar, pois enquanto as manobras estiverem sendo realizadas, busca-se o retorno à circulação espontânea com o mínimo de dano neurológico” diz a enfermeira Andreza Andrade, instrutora do projeto.

“A capacitação dos profissionais que atendem às situações de emergência em qualquer unidade de atendimento de um grande hospital, como a Santa Casa de Maceió, é uma garantia de maior sobrevida, com menos ou sem sequelas”, comentou Alayde Rivera.

Metade dos óbitos ocorre em locais públicos

Metade dos óbitos por doenças cardíacas ocorrem em locais públicos. Aproximadamente 3,5 milhões de brasileiros morreram no Brasil entre 2004 e 2014 vítimas de doenças cardiovasculares, afecções do coração e da circulação, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia em levantamento junto ao Datasus.

São nada menos que 350 mil óbitos de homens e mulheres. É como se todos os anos caíssem 410 aviões Airbus 380, o maior avião comercial do planeta. Essas mortes equivalem também a toda a população dos municípios alagoanos de Arapiraca, Rio Largo e Maragogi juntos.

Metade dessas mortes ocorrem em residências ou em ambientes públicos como shoppings, aeroportos, estádios, dentre outros, e a outra metade em ambiente hospitalar.