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Morre mulher baleada por cabo da Polícia Militar; Caso será investigado pela DH

Arquivo Pessoal

Expedita da Silva, 37 anos

O Hospital Geral do Estado informou, na tarde desta terça-feira, 23, a morte de Expedita da Silva, 37 anos, baleada pelo marido, o cabo da Polícia Militar, Ivan Augusto, na sexta-feira, 19, em um condomínio no bairro São Jorge.  A vítima-  que foi atingida por sete tiros disparados pelo militar – foi submetida à procedimento cirúrgico e permaneceu durante os últimos dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde veio a falecer.

A notícia foi recebida com revolta pelos familiares de Expedita, que aguardavam na porta da unidade. O irmão, João Celso, voltou a cobrar Justiça por parte das autoridades. “A família não quer fazer justiça com as próprias mãos, quer que seja feita Justiça, que o crime não fique impune, por se tratar de um militar. O lugar dele não é no quartel e sim no presídio”, disse.

À reportagem do Alagoas 24 Horas, a assessoria de comunicação da Polícia Militar (PM-AL ) informou que o cabo Ivan Augusto se apresentou na noite de ontem (22), junto com seu advogado e foi levado até ao Complexo de Delegacias Especializadas (Code), na Mangabeiras.

Lá, o delegado de plantão não pode efetuar a prisão do militar, pois pelo tempo corrido desde a data do crime, não se caracterizava mais o flagrante delito. Diante disto, a PM recolheu administrativamente o suspeito ao Quartel Geral da PM, a fim de “preservar os envolvidos”.

Com a confirmação da morte da vítima, a polícia espera agora a decisão da Justiça, já que o crime deverá ser de incumbência da Delegacia de Homicídio da Capital (DHC). “Caso seja emitido o mandado de prisão preventiva contra o cabo Ivan, nós iremos conduzi-lo ao presídio militar, antes disto, ele fica recolhido administrativamente, apenas”, informou.

O suspeito deve ainda sofrer um processo administrativo interno, por meio da Corregedoria da PM. Neste caso, o PM poderá ser punido com até a exclusão da força policial.

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