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Programa Alagoano de tratamento do infarto ganha reconhecimento nacional

Alagoas ganha destaque nacional com o reconhecimento da Sociedade Brasileira de Cardiologia ao Programa do Infarto Agudo do Miocárdio. Implantado há 12 meses, com intuito de ampliar o acesso dos pacientes à técnicas mais avançadas do mundo nos exames e tratamento cardiovasculares, a linha de cuidado é fruto de uma parceria entre o Governo do Estado e a Fundação Cordial, braço social do Hospital do Coração de Alagoas, que colocou o Estado entre os mais atuantes do país. Uma iniciativa que está salvando vidas e reduzindo a incapacitação para o trabalho dos indivíduos atendidos pelo projeto.

Confira publicação do Jornal da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC):

Com duas décadas de atraso em relação à maioria das unidades da Federação. Alagoas passou a disponibilizar a angioplastia primária para usuários infartados do Sistema Único de Saúde (SUS). O programa de diagnóstico e tratamento agudo do miocárdio foi muito bem estruturado e implementado no Hospital Geral do Estado (HGE), o que explica a realização de incríveis 364 angioplastias primárias em apenas 12 meses de atuação. Para que se tenha ideia mais precisa do que estes números representam, basta observarmos os dados do DataSUS para o período compreendido entre 2010 e 2014, durante a qual apenas seis angioplastias primárias foram realizadas no Estado em um universo de aproximadamente 3 mil infartados, não obstante o credenciamento da rede SUS em importantes centro hospitalares da capital.

A análise apontou ainda mortalidade de 19% em 2014 e que, em determinados períodos chegou a atingir 26% no interior do Estado. A linha de cuidados do infarto, iniciativa do Governo do Estado em parceira com a Fundação Cordial, também implantou o Programa Latin – Latin American Infarct NetWork, que atendeu cerca de 13 mil alagoanos com dor torácica neste primeiro ano. A mortalidade hospitalar dos infartados atendidos nesta rede foi de apenas 5,24%, evidenciando notável possibilidade de redução expressiva do óbito por infarto naquele Estado.

Segundo o hemodinamicista chefe do Serviço do HGE e coordenador estadual do programa, Dr. Ricardo César Cavalcanti, há muito o que melhorar e avançar, apesar da grande positividade demonstrada nos números impressionantes já alcançados.

Ele enfatiza a necessidade de “expandir a rede de telemedicina e de otimizar o sistema de transporte do paciente infartado, desde o local de seu primeiro atendimento até a unidade de intervenção”. Além disso, lembra, que “é necessário garantirmos a medicação trombolítica nas localidades mais afastadas da capital alagoana”. A SBC se alia a este esforço para salvar vidas e reduzir a incapacitação para o trabalho nestes indivíduos atendidos, e congratula a equipe médica e as autoridades envolvidas com a efetivação desta iniciativa.

Link do Jornal da SBC: http://jornal.cardiol.br/2018/janeiro/edicao/8/