O prédio do Iteral foi ocupado na manhã desta quarta-feira, 7, por trabalhadores rurais sem-terra. Os manifestantes cobram o cumprimento de uma promessa do governador Renan Filho (PMDB) na resolução do entrave em áreas de acampamento na cidade de Murici – na zona da mata alagoana – que está em processo de luta pela reforma agrária.
Os agricultores alegam que na última reunião com o governador receberam a promessa que o impasse que já dura mais de 15 anos seria resolvido. Eles reivindicam o assentamento de aproximadas 300 famílias em áreas da massa falida da usina São Simeão, onde atualmente é os acampamentos Bota Velha, acompanhado pela Comissão Pastoral da Terra, Sede e Cachoeira, ambos acompanhados pelo Movimento de Libertação dos Sem Terra.
De acordo com Heloísa Amaral, coordenadora técnica da CPT, um fazendeiro estaria ameaçando e investindo contra a vida de trabalhadores rurais acampados com o objetivo que eles deixem as áreas. “As famílias estão sofrendo nas mãos de famílias que fazem constantes ameaças, sem falar que o grupo falido entrou com mais um mandado de reintegração de posse. Pergunto, mas para que se eles há anos não plantam cana de açúcar?”, questionou.
Ainda de acordo com Amaral, após as investidas do fazendeiro, o governador havia se comprometido em resolver o impasse e, inclusive, destinaria o Iteral para que acompanhasse o processo de reforma agrária. “Até agora não temos respostas e o impasse ainda continua. Não temos previsão de deixar o local até que o presidente do Iteral e o governador venha conversar com a gente”, destacou.