Categorias: Mundo

Brasileiro é preso em apreensão de meia tonelada de cocaína no Marrocos

Divulgação/BCIJ Maroc

Droga apreendida com brasileiro e mais cinco foi encaminhada ao Departamento Central de Investigação Judicial
do Marrocos

A polícia marroquina prendeu seis pessoas, entre elas um brasileiro, durante apreensão de mais de meia tonelada de cocaína realizada nesse domingo (11) no porto de Casablanca, no nordeste do Marrocos. Um total de 541 quilos da droga estava escondido em contêiner levado por uma embarcação que havia partido da América do Sul (o país de procedência não foi informado pelas autoridades).

Em nota, o Departamento Central de Investigação Judicial marroquino (BCIJ, na sigla em francês) afirmou que o brasileiro detido é suspeito de ser o chefe da quadrilha que transportava a droga. As autoridades locais acreditam que o grupo pretendia se aproveitar da localização estratégica do porto de Casablanca, situado próximo ao canal que conecta o Oceano Atlântico ao Mar Mediterrâneo, para distribuir a cocaína em cidades europeias.

Além da droga, também foram apreendidos cinco carros que estavam na mesma embarcação e deveriam ser utilizados pelos criminosos para transportar a cocaína por terra. Os policiais que atuaram na operação também apreenderam quantias em dinheiro na moeda local (dirrã marroquino) e em moedas estrangeiras.

Novas rotas do tráfico internacional

A rota do tráfico passando por Casablanca representa um novo percurso encontrado pelos traficantes de cocaína na última década. Até o início do século, segundo o órgão de monitoramento de drogas das Nações Unidas, a maioria dos carregamentos de entorpecentes que chegava à Europa partia de países da América Central e passava pelo leste da África.

Mais recentemente, países do norte do continente, tal como o Marrocos, foram também incluídos na rota do tráfico. As autoridades marroquinas já reportaram o aumento no fluxo de apreensões nos últimos anos, incluindo na conta a apreensão recorde de 2,5 toneladas de cocaína encontrada em outubro do ano passado.

Segundo o BCIJ, as investigações sobre a atuação da quadrilha supostamente liderada pelo brasileiro seguirão em andamento para esclarecer o funcionamento de todo o esquema de tráfico internacional e, eventualmente, levar outras pessoas envolvidas a serem presas.