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Em janeiro, consumo foi superior ao mês de dezembro na capital

A elevação de consumo, em Maceió, segue a tendência média do Brasil, embora em volume menor. O crescimento em janeiro de 2018 foi de 1,07%, em relação a dezembro e permanece abaixo do mês de janeiro de 2017. Conforme a pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), realizada pelo Instituto Fecomércio, em parceria com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), o consumo das famílias de Maceió permanece 18,85% menor do que o mesmo mês do ano anterior.

O consumo é movimentado pela renda do trabalho e pelos investimentos públicos e privados. O país pode ter o primeiro janeiro com saldo positivo na geração de vagas formais após três anos. A média de criação esperada é de 73 mil postos de trabalho. Assim, a manutenção e geração de novos postos estimulam o consumo. No Brasil, o indicador de consumo das famílias aponta maior elevação desde 2010, 4,2%.

Segundo o assessor econômico da Fecomércio, Felippe Rocha, o resultado em Maceiótem relação com o desemprego que afetou as famílias da capital, entre janeiro a setembro. “Comprometeu a renda familiar e elevou o nível de endividamento, gerando certo sufoco para consumo de supérfluos”, explicou.

Os que mais consumiram foram os grupos familiares das classes “C”, “D” e “E”. A elevação do consumo ante dezembro foi de 3,47%. Embora se mantenham em patamar de aquisição mais baixo do que o mesmo mês do ano passado (-16,5%). As famílias das classes “A” e “B”, desde outubro, reduziram os níveis de consumo, abaixo do nível de 100 pontos do indicador. Para o economista, esse resultado indica que a população ainda está insegurança com relação à economia. E, por isso, em dezembro, diminuíram o fluxo de passeios e consumo em 22,08%.

As famílias de menor renda iniciaram janeiro mais otimistas, como as classes que a representam possuem um grupo populacional maior, puxaram os indicadores gerais para cima sobre a manutenção de seus empregos atuais, a melhora em relação à perspectiva profissional, ao aumento do consumo ao longo do ano e à aquisição de bens duráveis, em ordem respectiva, 0,1%, 3,3%, 5,1% e 11,7%.

Os consumidores que recebem menos de 10 salários mínimos, como ao longo do ano de 2017 sofreram restrições, a recuperação de seus empregos e a baixa capacidade de poupança, os fazem se manter otimistas e acreditar que a economia melhorou. Vale frisar que foram os de renda mais baixa que mais adquiriram produtos duráveis em janeiro, uma elevação de 15%.As promoções ajudaram e os empresários devem continuar apostando nessa proposta de preços mais atrativos.

Vale ressaltar que a projeção Focus-Banco Central para o crescimento do Brasil elevou-se em 0,1p.p., de 2,7% para 2,8%, neste ano. As melhores estimativas apontam crescimento de 4% (LCA investimentos). E, ano passado, o crescimento das atividades econômicas se encerrou em 1,04%.

A pesquisa foi realizada nos últimos 10 dias de dezembro de 2017, a coleta de informações. Foram entrevistados 500 consumidores em diversos pontos de comércio da capital alagoana. Pesquisa completa no endereço www.fecomercio-al.com.br.